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Viana do Castelo

Empresa que já foi a maior construtora do distrito fecha portas a 21 de dezembro

4 Dezembro, 2012 - 16:43

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Os 124 trabalhadores da Aurélio Martins Sobreiro começaram a receber as cartas de despedimento e a atividade operacional daquela que já foi a maior construtora do Alto Minho cessa definitivamente a 21 de dezembro.

Os 124 trabalhadores da Aurélio Martins Sobreiro começaram a receber as cartas de despedimento e a atividade operacional daquela que já foi a maior construtora do Alto Minho cessa definitivamente a 21 de dezembro.

A informação foi confirmada hoje à agência Lusa pelo administrador de insolvência e surge depois de os credores da empresa, que já chegou a empregar mais de 300 trabalhadores, terem rejeitado o plano de viabilização que foi apresentado.

Face a esta decisão, o tribunal de Viana do Castelo ordenou o encerramento imediato da empresa, fundada em 1970.

Segundo Nuno Oliveira da Silva, as cartas de despedimento dos atuais 124 trabalhadores foram enviadas na sexta-feira e os vínculos laborais deverão cessar, no limite, “até 15 de fevereiro de 2013”.

“A empresa vai cessar a atividade operacional a 21 de dezembro, estando a ultimar a entrega das obras que tem em curso. Segue-se um período habitual de férias, continuando depois ao serviço apenas os trabalhadores estritamente necessários”, admitiu o administrador de insolvência.

Nesta altura, a Aurélio Martins Sobreiro está apenas a concluir duas empreitadas, de saneamento e no portinho de Vila Praia de Âncora, ambas no concelho de Caminha.

O plano de viabilização daquela construtora foi chumbado em outubro pelos credores, já que necessitava de uma maioria de dois terços de votos favoráveis.

Em assembleia e com votação por escrito, 47,9 % dos credores votaram contra o plano de viabilização e 52,1 % a favor, o que se revelou insuficiente para a sua aprovação.

Nesta votação participaram credores representativos de 29,5 milhões de euros, dos quais 2,8 milhões são relativos apenas aos trabalhadores.

No entanto, em termos de trabalhadores, esse crédito deverá “disparar” para cerca de cinco milhões de euros, com o despedimento dos 124 que ainda restavam.

O património da empresa, com centenas de bens móveis, começará a ser vendido a partir do início do próximo ano, para garantir o pagamento de parte dos créditos devidos.

Contudo, Nuno Oliveira da Silva admite que será possível liquidar “na totalidade” os créditos dos trabalhadores.

Com sede em Viana do Castelo, a empresa dedica-se à construção civil e obras públicas e em novembro de 2011, com mais de 800 credores a reclamarem cerca de 40 milhões de euros, a administração pediu a insolvência.

O plano de insolvência previa a viabilização através da conversão de créditos em capital social e o despedimento de cerca de vinte trabalhadores, como forma de adequar a empresa à “realidade atual da construção civil e obras públicas”.

Além de obras em todo o país, a Aurélio Martins Sobreiro chegou a estar presente, com atividade própria, em Angola e Moçambique.

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