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Minho

Eixo Atlântico pergunta à Refer pelo “zero que falta” à ligação Porto-Vigo

8 Abril, 2013 - 12:08

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O presidente do Eixo Atlântico vai perguntar esta terça-feira à administração da Refer pelo “zero que falta” aos cerca de quatro milhões de euros cabimentados para a modernização da ligação ferroviária entre Porto e Vigo.

O presidente do Eixo Atlântico vai perguntar esta terça-feira à administração da Refer pelo “zero que falta” aos cerca de quatro milhões de euros cabimentados para a modernização da ligação ferroviária entre Porto e Vigo.

“Espero trazer boas notícias e que o zero que falta ao orçamento [para 2013] finalmente apareça. Mas um zero à direita, porque tem mais valor”, disse o presidente do Eixo Atlântico, José Maria Costa.

A reunião com o presidente do conselho de administração da Refer está agendada para as 17:00 de terça-feira e realiza-se em Lisboa, na sede da empresa pública responsável pela rede ferroviária nacional.

Surge depois de o Governo português, segundo o Eixo Atlântico, ter cabimentado apenas quatro dos 50 milhões de euros previstos anteriormente para concretizar, este ano, os primeiros trabalhos e estudos da modernização e eletrificação da Linha do Minho entre Nine e Viana do Castelo.

“Presumo que a Refer tenha informação relevante para nos transmitir”, disse ainda José Maria Costa. Neste encontro, o também presidente da Câmara de Viana do Castelo pretende “saber qual o programa financeiro e de trabalhos desta ligação no território português”.

Entretanto, o Governo espanhol afirmou que só faz sentido avançar com a eletrificação no troço galego da linha Porto-Vigo se avançarem idênticos trabalhos na parte portuguesa.

Em resposta enviada ao Eixo Atlântico em março, o secretário-geral de infraestruturas do Ministério do Fomento de Espanha, esclarece que, integrada na ligação Porto-Vigo, já está orçamentada a verba necessária para arrancar com os estudos e projetos referentes à eletrificação e modernização do único troço em falta na Galiza, de cinco quilómetros, entre Tui (fronteira com Valença) e Guillarei.

Contudo, adverte Manuel Nino González na mesma carta, em que responde às preocupações levantadas pelo Eixo Atlântico sobre a concretização da modernização da ligação ferroviária entre Porto e Vigo, essa intervenção “não tem sentido sem continuidade” do lado português.

“Portanto, se no futuro queremos vê-la materializada [a modernização], é necessário que Portugal decida levar a cabo a eletrificação do trajeto de Guillarei ao Porto, para concretizar o objetivo de ambos os países”, lê-se na mesma missiva, tornada pública pelo Eixo Atlântico.

O autarca português e líder do Eixo Atlântico, instituição que defende os interesses das 34 maiores cidades do norte de Portugal e da Galiza, espera que o Governo português “honre os compromissos assumidos” na Cimeira Ibérica de 2012.

“Afirmaram que tinham reprogramado cerca de 50 milhões de euros de fundos do QREN para a execução da primeira fase das obras”, assegura José Maria Costa, recordando apenas cerca de quatro milhões foram entretanto cabimentados.

Junto de Bruxelas, no âmbito da reprogramação de fundos comunitários, os governos dos dois países comprometeram-se em avançar, até 2015, com a modernização e eletrificação dos troços entre Tui e Guillarei, na Galiza, e entre Nine e Viana do Castelo.

Até 2017 deveria avançar a intervenção entre Viana do Castelo e a fronteira de Valença/Tui.

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