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Alto Minho

Dívida dos hospitais do Alto Minho a fornecedores nos 20,3 ME apesar de resultados operacionais positivos

31 Maio, 2012 - 08:15

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A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) aumentou em dois milhões de euros a dívida a fornecedores, no primeiro trimestre de 2012, agora em 20,3 milhões de euros, justificada com pagamentos em atraso pela tutela.

A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) aumentou em dois milhões de euros a dívida a fornecedores, no primeiro trimestre de 2012, agora em 20,3 milhões de euros, justificada com pagamentos em atraso pela tutela.

Os números constam do mais recente relatório da administração daquela Entidade Pública Empresarial, que reúne os dois hospitais do distrito (Viana do Castelo e Ponte de Lima), além de 13 centros de saúde e outras valências, e ao qual a Agência Lusa teve acesso.

O documento aponta que a 31 de março de 2012 a ULSAM apresentava uma divida total a fornecedores de 20,339 milhões de euros, valor que três meses antes, em dezembro de 2011, era de 18,3 milhões de euros.

“A dívida a terceiros aumentou no primeiro trimestre de 2012 devido ao atraso do pagamento pela Tutela das verbas do Contrato-Programa 2010, no montante de 18 milhões de euros, da faturação de convenções internacionais no montante já faturado e retido pela Administração Regional de Saúde do Norte de 7 milhões de euros”, sublinhou à Lusa fonte da administração, recordando que a ULSAM recebe em duodécimos 85 por cento do orçamento aprovado.

Acrescenta que a ULSAM até apresenta resultados operacionais positivos e “cumpre integralmente com a execução orçamental”. “Fica claro que a ULSAM cumpre com o orçamento aprovado e apenas possui dívidas acima dos 90 dias por incumprimento dos pagamentos por parte da ACSS [Administração Central do Sistema de Saúde]”, sublinhou ainda a fonte.

Em março de 2012, segundo dados da ACSS consultados pela Agência Lusa, a ULSAM apresentava um resultado operacional positivo em 123.114 euros (menos 7,21 por cento face a 2011), com uma queda de 8,50 por cento nos proveitos operacionais (para 33,808 milhões de euros), semelhante à verificada nos custos operacionais (que se cifraram em 33,685 milhões de euros).

Este até é o melhor resultado das três unidades locais de saúde do Norte, já que a de Matosinhos registou no mesmo período resultados operacionais negativos em 2,9 milhões de euros (proveitos de 26,5 milhões e custos de 29,4 milhões de euros).

Cenário idêntico na Unidade Local de Saúde do Nordeste, que fechou o primeiro trimestre de 2012 com um saldo negativo de 2 milhões de euros (proveitos operacionais de 19,4 milhões para custos operacionais de 21,4 milhões de euros).

Quanto à ULSAM, a única das três do norte a apresentar resultados operacionais positivos, entre os fornecedores, a maior fatia da sua dívida total está relacionada com Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), em que os pagamentos em atraso ascendem a 8,268 milhões de euros. Ainda assim, uma redução de mais de 200 mil euros desde o final de 2011.

A segunda maior dívida prende-se com medicamentos, cujo valor total é de 6,120 milhões de euros, mas sem nenhum pagamento com mais de um ano de atraso.

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