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Viana do Castelo

Diretor artístico do Centro Dramático de Viana garante que não se demitiu

13 Dezembro, 2011 - 14:26

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O ainda diretor artístico do Centro Dramático de Viana (CDV), Castro Guedes, garantiu hoje à agência Lusa que não apresentou a demissão do cargo, como alega a direção, que entretanto já contratou Manuel Coelho para as mesmas funções.

O ainda diretor artístico do Centro Dramático de Viana (CDV), Castro Guedes, garantiu hoje à agência Lusa que não apresentou a demissão do cargo, como alega a direção, que entretanto já contratou Manuel Coelho para as mesmas funções.

"Eu não me demiti da direção artística do CDV. Foi-me dito a 18 de novembro que não existia essa autonomia fora das decisões da direção da cooperativa", começou por explicar Castro Guedes.

A decisão de contratar Manuel Coelho foi divulgada na semana passada em comunicado, após reunião com todas as estruturas da companhia e foi tomada pela direção da cooperativa que gere o CDV "na sequência do pedido de demissão apresentado a 21 de novembro" por Castro Guedes.

"Demiti-me, isso sim, da direção da cooperativa. No que se refere à direção artística nunca me demiti, nem o podia fazer uma vez que me foram negadas as suas competências", insistiu o encenador.

"Mais do que nos surpreender, esta decisão deixou a companhia em risco de sobrevivência, já no próximo ano, tendo em conta as obrigações assumidas", afirma, por seu turno, a direção do CDV em comunicado.

A direção da companhia profissional de Viana do Castelo lembra nomeadamente "a obrigatoriedade de apresentação de uma programação cultural para 2012" junto das entidades oficiais, "necessariamente subscrita por um diretor artístico devidamente habilitado para o efeito".

"Não podendo assumir a responsabilidade de programar, escolher repertórios e elencos, é óbvio que perante a secretaria de Estado da Cultura não podia assinar como responsável artístico um documento sobre as competências que me acabavam de ser negadas. E comuniquei-o, logo, à direção da cooperativa a 22", responde agora Castro Guedes.

Com Manuel Coelho, que atualmente dirige o Centro Cultural da Malaposta, o CDV admite querer "começar uma nova etapa de trabalho, sem nunca esquecer o caminho feito em vinte anos".

"Apesar desta mudança não ter sido desencadeada por estes órgãos sociais, os mesmos encaram-na como um natural rejuvenescimento da companhia que, com toda a certeza, vai marcar as comemorações dos vinte anos do CDV ao longo de 2012", remata o comunicado, sobrescrito por todos os órgãos sociais e pela estrutura permanente, que integra atores e técnicos.

Contudo, Castro Guedes lembra que já antes a direção da cooperativa tinha recebido, precisamente, "dois pedidos de demissão" por parte do presidente, Carlos Borges.

"Verbal a 30 de junho e por e-mail a 16 de novembro, que foram tidos por legalmente inexistentes por não serem em documento assinado. Para um e-mail meu contar bastaram 72 horas!", atira Castro Guedes.

Há precisamente uma semana (06 de dezembro), no final da estreia desta peça, Castro Guedes subiu ao palco para afirmar que foi "mandado embora" pela direção.

"Gostava de terminar os meus dias ativamente artísticos em Viana e no CDV, mas parece que tudo está consumado", afirmou, perante o aplauso geral do público, surpreendido por este anúncio feito no Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo.

No dia seguinte, a direção da companhia anunciou o nome de Manuel Coelho como substituto e mostrou-se indisponível para prestar mais declarações ou "alimentar polémicas estéreis".
FONTE: "Lusa"

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