Direcção

A Direcção-Geral de Veterinária, do Ministério da Agricultura, já tem conhecimento da queixa apresentada, no passado mês de Janeiro, pela courense Associação Vessadas, sobre a não identificação de cavalos garranos que andam à solta pelo concelho. De acordo com o presidente da associação, Manuel Meneses, o Ministério Público já enviou uma carta rogatória àquela entidade, apresentado o teor da queixa. Ao que tudo indica, a Direcção Geral de Veterinária ainda não reagiu às acusações. Recorde-se que a Vessadas – Associação Para o Desenvolvimento Agrícola e Rural de Terras de Coura, apresentou uma queixa junto do Ministério Público contra a Direcção-Geral de Veterinária, pela não identificação dos animais, medida que, segundo Manuel Meneses, integra o rol de competências desta entidade.
O responsável realça que são diversos os danos causados por animais à solta, destruindo grande parte das pastagens e campos cultivados pelos agricultores. Manuel Meneses alerta, também, para situações propositadas, em que os próprios donos dos animais os soltam para se alimentarem em terrenos férteis alheios, o que culmina noutros prejuizos, como a destruição de muros e vedações.
O presidente da Vessadas diz que o mais grave é o facto de a lei, publicada em Diário da República, não ser aplicada, pelos próprios serviços públicos, aos quais acusa de "inércia". Manuel Meneses garante que vai aguardar por uma resposta por parte da Direcção-Geral de Veterinária, mas não põe de parte o pedido de uma indemnização, devido aos prejuizos já sentidos no concelho de Paredes de Coura, por animais à solta.
A polémica em torno da não identificação dos animais surgiu em Janeiro, associada aos cavalos garranos, muitos dos quais aparecem soltos e abandonados em terras de Paredes de Coura, destruindo parte das pastagens, o que tem levantado a revolta e a ira de muitos agricultores daquela região.