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Valença

Direcção da Delegação de Valença da Cruz Vermelha demite-se em bloco

25 Fevereiro, 2012 - 19:02

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A Direcção e todos os Órgãos Administrativos da Delegação de Valença da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) apresentou, sábado, a demissão em bloco, em “rota de colisão” com a Sede Nacional, depois da retirada de poderes de gestão, no final do ano passado, do novo equipamento social com lar e creches.

A Direcção e todos os Órgãos Administrativos da Delegação de Valença da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) apresentou, sábado, a demissão em bloco, em “rota de colisão” com a Sede Nacional, depois da retirada de poderes de gestão, no final do ano passado, do novo equipamento social com lar e creches.

Recorde-se, que esta polémica, começou em 2011, quando a Direcção Nacional da CVP retirou a confiança ao presidente da Delegação de Valença, na gestão deste novo equipamento social, alegando uma derrapagem de um milhão de euros no orçamento previsto.

Realçando uma decisão “irrevogável”, Álvaro Santos, explicou agora, que o investimento inicial era de 2,5 milhões de euros, mas uma subavaliação da Segurança Social acrescentou mais um milhão.

Em conferência de imprensa, no passado sábado, o presidente demissionário, Álvaro Santos, acusou a Direcção Nacional da CVP de “politização da instituição”.

Há quinze anos à frente desta delegação, Álvaro Santos teme pelo
futuro da instituição, dizendo mesmo que as delegações com bens patrimoniais “são apetecíveis”, exemplificando com o caso de Valença.

Quanto à cessação da comparticipação por parte da Câmara de Valença, depois da Direcção Nacional da CVP ter afastado Álvaro Santos da gestão da obra, o dirigente demissionário falou em “desculpas de mau pagador”. Isto porque, segundo Álvaro Santos, a autarquia liderada por Jorge mendes teria que pagar em maio de 2011 cerca de 400 mil euros de subvenções.

Quanto ao futuro da delegação de Valença da CVP, Álvaro Santos, receia que venha a ser dirigida por “boys” políticos de Lisboa e que os valencianos “nunca usufruam do novo equipamento social em construção”, tendo sugerido a constituição de uma Comissão Administrativa composta pelos funcionários.

Álvaro Santos não tem dúvidas de que foi alvo de “uma cabala política”, mas faz um balanço positivo do trabalho desenvolvido durante os anos em que liderou esta estrutura.

Deixa um património avaliado em 145 mil euros em aplicações financeiras, mais 12 viaturas, um barco de socorro, um hospital de campanha, uma casa de habitação avaliada em 84 mil euros e dois terrenos ” subavaliados” em 400 mil euros. Esta delegação tem 15 funcionários e 2340 sócios, dando apoio a 42 utentes.

O novo equipamento social em volta da polémica deverá entrar em funcionamento em meados de 2013, depois de alguns atrasos, sobretudo ” por falta de liquidez “, culpa da Direcção Nacional, levando o empreiteiro da obra a adiar a sua conclusão.

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