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Vale do Minho

Coronavírus: Máscaras esgotam nas farmácias do Vale do Minho

29 Fevereiro, 2020 - 16:06

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PUB A procura de máscaras para o coronavírus disparou nas farmácias de todo o Vale do Minho. A subida foi de tal ordem que o produto encontra-se totalmente esgotado em […]

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A procura de máscaras para o coronavírus disparou nas farmácias de todo o Vale do Minho. A subida foi de tal ordem que o produto encontra-se totalmente esgotado em Caminha, Melgaço, Monção, Vila Nova de Cerveira e Paredes de Coura. A Rádio Vale do Minho percorreu este sábado as várias farmácias desta região e, exceção feita às que estavam fechadas, apenas encontramos o produto disponível na Farmácia Jardim, em Valença.

“Recebemos hoje uma nova remessa, mas é previsível que esgote rapidamente”, disse à Rádio Vale do Minho uma das funcionárias daquele estabelecimento.

Começa a verificar-se, deste lado do rio Minho, um cenário semelhante ao que já acontece em Espanha há vários dias onde esta procura subiu 8.000%. De acordo com os dados recentes da Federação de Distribuidores Farmacêuticos espanhola (Fedifar), são procuradas 80 mil unidades diariamente.

O preço, tanto do lado de lá como do lado de cá, não aumentou de forma significativa, mas a Fedifar aponta para as vendas pela Internet, onde o preço já foi multiplicado por dez.

A Sociedade Espanhola de Médicos de Clínica Geral e Familiar (SEMG) já realçou que a utilização generalizada de máscaras não é necessária, exceto para os pacientes ou nos casos em que se suspeite de uma infeção do novo coronavírus.

 

Coronavírus “é menos perigoso do que o vírus da gripe”

 

Em entrevista ao Jornal de Notícias (JN), Jorge Torgal, médico e professor catedrático em Saúde Pública na Universidade Nova, considera que está a existir demasiado alarmismo sobre está matéria. “Há um exagero sobre este assunto que não sei a quem interessa”, referiu o clínico que desdramatizou totalmente o cenário.

“Existe um pânico completamente desproporcional à realidade. As vítimas mortais de que se conhece o historial clínico tinham processos clínicos complicados. As outras infetadas estão a ser medicadas para a gripe, muitas delas com paracetamol”, considera Jorge Torgal.

Questionado sobre se o Coronavírus poderá chegar a Portugal, o médico admite que é inevitável. “É claro que haverá casos em Portugal, mas isso não é problema nenhum. Vivemos em sociedade, com deslocações, com convívio entre as pessoas. É uma doença que tem tratamento”.

 

Pelo menos 2.800 mortos

 

Os dados mais recentes dos efeitos provocados pelo Coronavírus em todo o mundo apontam para pelo menos 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas em mais de 40 países.

Em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) registou 25 casos suspeitos de infecção, sete dos quais ainda estavam em estudo na quarta-feira à noite. Os restantes 18 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos, mas o “risco para a saúde pública em Portugal é considerado moderado a elevado”, segundo a DGS.

Para já, o único caso conhecido de um português infetado pelo novo vírus é o de Adriano Maranhão, um tripulante de um navio de cruzeiros que foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki, a cerca de 300 quilómetros de Tóquio.

 

[Fotografia: Ilustrativa / Direitos Reservados]

 

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