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Viana do Castelo

Convento do século XIV em avançado estado de degradação falha classificação

7 Janeiro, 2013 - 12:41

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A Direção-Geral do Património Cultural decidiu arquivar o processo de classificação do Convento de São Francisco do Monte, em Viana do Castelo, datado do século XIV e em avançado estado de degradação.

A Direção-Geral do Património Cultural decidiu arquivar o processo de classificação do Convento de São Francisco do Monte, em Viana do Castelo, datado do século XIV e em avançado estado de degradação.

O processo de classificação foi aberto a 08 de fevereiro de 2002 e a decisão de arquivamento publicada este mês em Diário da República, fundamentada por o imóvel “não reunir as condições necessárias a uma distinção de âmbito nacional”.

Nos últimos dez anos, devido ao processo de classificação em curso, aquele monumento, isolado no monte sobranceiro à cidade de Viana do Castelo, contou com uma zona de proteção de 50 metros que impedia qualquer intervenção no local.

Em 2007, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), proprietário do imóvel, chegou a promover obras de consolidação de uma fachada, o que levou à intervenção do então Instituto Português do Património Arquitetónico (IPPAR), por a intervenção não ter sido autorizada, ao abrigo do processo de classificação.

Implantado na encosta do Monte de Santa Luzia, o Convento de São Francisco foi fundado em finais do século XIV, sendo o terceiro da Ordem Franciscana em Portugal.

Em 1834, com a extinção das Ordens Religiosas, o convento foi comprado em hasta pública pelo Visconde de Carreira, que constituiu no espaço da cerca uma exploração agrícola. A partir da década de 60 do século XX, o espaço conventual entrou em progressivo estado de degradação, e em 1987 o seu último proprietário, Rui Feijó, doou-o à Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo.

Em 2001, aquela instituição vendeu-o por 250 mil euros ao IPVC, que chegou a equacionar a sua transformação num centro académico e de retiro para pessoas em fase final de doutoramento. Previa, nomeadamente, a construção de alguns espaços de alojamento, mas o projeto nunca avançou.

Entretanto, com o passar do tempo, o estado de degradação do convento agrava-se, tendo o IPVC colocado no local um cartaz avisando que “por motivos de segurança é proibida a entrada de pessoas” naquele recinto e que “não se responsabiliza por qualquer acidente que possa ocorrer”.

Algumas das imagens do convento foram entretanto vandalizadas, enquanto que outras simplesmente roubadas, por entre marcas de destruição e vestígios da prática de outros “cultos” visíveis no local.

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