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Viana do Castelo

Construtora fecha portas depois de os credores recusarem plano de viabilização

29 Outubro, 2012 - 12:47

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Os credores da Aurélio Martins Sobreiro recusaram o plano de viabilização apresentado pelo administrador de insolvência e a empresa, ainda com 120 trabalhadores e que já foi a maior construtora do Alto Minho, será encerrada.

Os credores da Aurélio Martins Sobreiro recusaram o plano de viabilização apresentado pelo administrador de insolvência e a empresa, ainda com 120 trabalhadores e que já foi a maior construtora do Alto Minho, será encerrada.

“O plano [de viabilização] necessitava de dois terços dos votos favoráveis para ser aprovado, o que não aconteceu. O resultado da votação já foi comunicado ao Tribunal de Viana do Castelo que, durante a semana, deverá emitir despacho de encerramento da empresa”, disse hoje à agência Lusa o administrador de insolvência.

Segundo Nuno Oliveira da Silva, em assembleia e com votação por escrito, 47,9 % dos credores votaram contra o plano de viabilização, incluindo o Banco Espírito Santo (credor de 5,4 milhões de euros).

Já a Caixa Geral de Depósitos (credora de 7,5 milhões de euros), votou favoravelmente esse plano, o que não foi suficiente para manter a empresa em funcionamento, tendo em conta que os votos a favor apenas totalizaram 52,1 %.

“Face ao resultado da votação, conclui-se que o plano de insolvência não recolheu os votos necessários para ser aprovado”, assumiu ainda o administrador.

Nesta votação, participaram credores representativos de 29,5 milhões de euros, dos quais 2,8 milhões são relativos apenas aos trabalhadores, que já chegaram a ser mais de 300.

“Era uma decisão possível, mas mantenho a posição de que a empresa era viável, tinha futuro e o prejuízo seria menor para todos se se mantivesse a funcionar. Ao ser encerrada, o passivo dispara”, admitiu ainda Nuno Oliveira da Silva.

Com sede em Viana do Castelo, a empresa dedica-se à construção civil e obras públicas e em novembro de 2011, com mais de 800 credores a reclamarem cerca de 40 milhões de euros, a administração pediu a insolvência.

O plano de insolvência previa a viabilização da construtora através da conversão de créditos em capital social e o despedimento de cerca de vinte dos 120 trabalhadores, como forma de adequar a empresa à “realidade atual da construção civil e obras públicas”.

A Aurélio Martins Sobreiro tem uma carteira de encomendas de 12 milhões de euros e, até ao final do ano, deveria faturar cerca de cinco milhões de euros, num conjunto de 27 obras de construção civil.

“A empresa está a funcionar, tem salários, impostos e obrigações em dia. É um milagre que se deve sobretudo dos trabalhadores”, tinha já admitido o administrador de insolvência.

Além de obras em todo o país, a Aurélio Martins Sobreiro chegou a estar presente, com atividade própria, em Angola e Moçambique.

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