O presidente demissionário da delegação de Valença da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) teme que o equipamento social com lar e creche, a nascer na Senhora da Cabeça, iniciado por esta instituição, possa vir a transformar-se num “elefante branco”, caso o financiamento por parte da autarquia local não seja reativado.
Recorde-se que, após a retirada de poderes de gestão da obra ao dirigente da estrutura valenciana, por alegada derrapagem de um milhão de euros no orçamento inicialmente previsto, também a Câmara Municipal suspendeu o financiamento na ordem dos 700 mil euros, em várias prestações. Até à data tinham sido pagos cerca de 130 mil euros.
Segundo Álvaro Santos, o serviço devia entrar em funcionamento em Junho de 2013, mas o “fantasma” de existirem constrangimentos financeiros, pode vir a parar a construção e sem data para a reiniciar.
O ex-dirigente deixa ainda um alerta ao presidente da Câmara Municipal, Jorge Mendes, de que a gestão desta “grande obra nunca mais vai voltar a Valença”.
Álvaro Santos diz a resolução deste problema está nas mãos do autarca de Valença. Por ser um parceiro importante na construção desta obra, o presidente demissionário da delegação de Valença da CVP realça que Jorge Mendes tem a obrigação de exigir por escrito a gestão da obra para os valencianos.
Este projeto envolto em polémica conta com um lar com capacidade para 60 idosos, uma creche que poderá receber até 66 crianças, e ainda o serviço de apoio domiciliário para 66 idosos.
Álvaro Santos classifica esta obra de um “hotel de 5 estrelas” com 20 quartos individuais e 20 duplos que, no entanto, depois da retirada de confiança da gestão, teme que venha a ser administrada por “gentes” de Lisboa, e nunca mais fique nas mãos dos valencianos.
O presidente demissionário apela à intervenção da Câmara Municipal, sob pena de a construção até ficar parada, caso surjam problemas financeiros.
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