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Paredes de Coura

Concelho relembra “legado da sabedoria” de Narciso Cândido Alves da Cunha

4 Janeiro, 2013 - 09:53

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O chefe de gabinete da autarquia courense, Vítor Paulo, explica que o objetivo passa por dar a conhecer “esta personagem ilustre” aos mais novos, por ser “um modelo a seguir no sentido do empenhamento cívico e amor a terra”.

Paredes de Coura organiza, entre 11 e 12 deste mês, as Comemorações do Centenário da Morte de Narciso Cândido Alves da Cunha (1851-1913), com um conjunto de iniciativas culturais e lúdicas.
Durante dois dias, o executivo promove uma mostra documental, um lançamento de livro, uma conferência e ainda um passeio.

O chefe de gabinete da autarquia courense, Vítor Paulo, explica que o objetivo passa por dar a conhecer “esta personagem ilustre” aos mais novos, por ser “um modelo a seguir no sentido do empenhamento cívico e amor a terra”.

Áreas como estudo, investigação e história da terra com impacto nacional vão ser abordadas neste evento.

De acordo com Vítor Paulo, o futuro constrói-se com muita memória do passado.

O município courense tem seguido uma política de homenagem e reconhecimento das pessoas “que fizeram pela terra”.

Vítor Paulo sublinha que é relembrando o passado “através de personagens altruístas que se ajuda a projetar o futuro”.

Do programa das comemorações consta, no primeiro dia, a inauguração da mostra documental, concebida pelo arquivo Municipal de Pareces de Coura “narciso Cândido Alves da Cunha – o legado da sabedoria”. Seguindo-se, na Casa do conhecimento, o lançamento do livro “Narciso Alves da Cunha – entre a Monarquia e a República”, da autoria o investigador e docente da Universidade do Minho, Prof. Doutor José Augusto Pacheco.

Para 12 de Janeiro está agendada uma conferência sobre “Os deputados minhotos da Monarquia e da primeira República”, de Vítor Paulo, e mais tarde um passeio por locais emblemáticos do concelho courense, referenciados na monografia da autoria de Narciso Alves da Cunha.

Narciso Cândido Alves da Cunha nasceu na freguesia de Formariz, Paredes de Coura, a 5 de Setembro de 1851. Estudou em Braga, no liceu e no seminário. Mais tarde, em Coimbra, foi ordenado presbítero (1878) e concluiu o curso de direito (1881). Ocupou diversos cargos: Conservador do Registo Predial da comarca de Paredes de Coura, Magistrado em Bragança e no Funchal, Administrador do concelho e Presidente da Câmara Municipal de Paredes de Coura, Deputado da Assembleia Da República nas primeiras eleições após a Implantação da República e Senador.

Foi um “homem de saber, de falar e de escrever”. A sua obra “No Alto Minho – Paredes de Coura”, editada em 1909, não é só um reflexo do carinho consagrado ao património da sua terra e da sua gente, mas também o repositório de vastos conhecimentos no domínio da história, da arqueologia, da lexicologia e da etnografia.

A sua ação política esteve sempre relacionada com as grandes causas.

Em Abril de 1912, defendeu ainda com entusiasmo “um projeto de alta importância regional, e até nacional”: os caminhos-de-ferro do Alto Minho.

O grande homem público caiu gravemente doente devido a uma pneumonia, e morreu em Lisboa, no dia 15 de Janeiro de 1913.

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