Cerveira: Secretário de Estado defende que agricultura familiar ‘faz todo o sentido’

A agricultura familiar apresenta hoje “grande importância na coesão social e na perspectiva ambiental”. Isto mesmo defedendeu o Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro-Alimentar, esta terça-feira, durante o seminário “Agricultura Familiar no Alto Minho”, que teve lugar no Fórum da Bienal cerveirense. “A agricultura familiar neste local geográfico faz todo o sentido, já que a zona do Alto Minho caracteriza-se por esta realidade. Uma realidade que tem um aspecto obviamente económico, mas que também tem uma importância sob o ponto de vista social e ambiental. Isto porque é, de facto, na agricultura familiar que cerca de 3/4 das explorações do continente se ocupam”, disse Nuno Brito.
O governante considera ainda que se vivem tempos de mudança na agricultura familiar. “Cada vez existem mais jovens localizados na agricultura. Dados recentes indicam que em cada quatro projectos, um é de jovens agricultores”, apontou. “Isso significa que há cada vez mais uma maior atractividade que surge para o renascimento da agricultura. Significa também que através destes jovens agricultores temos uma perspectiva significativamente mais inovadora, agressiva, valorizadora da cadeia que é relevante para o sucesso da agricultura”, frisou o Secretário de Estado.
Recorde-se que este seminário teve a colaboração da Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho (ADRIMINHO). Manoel Batista, presidente desta associação, lembrou que a agricultura familiar tem de deixar de ser vista como uma agricultura de subsistência. “A agricultura está de volta. É muito interessante perceber este regresso da agricultura como um pilar importante da nossa economia. No Vale do Minho é visível este regresso, seja pelo vinho, seja na agropecuária, seja na produção de fruta. Mas esta volta da agricultura,
que hoje aqui se discute como agricultura familiar, tem de ser bastante cuidada”, alertou o também autarca de Melgaço. “Pode ser um importante contributo para a economia do território. Não poderemos é considerar este regresso à agricultura como um regresso ao passado. Esta agricultura que regressa terá de trazer mais economia, mais valor ao território e às famílias”, defendeu Manoel Batista.
O seminário “Agricultura Familiar no Alto Minho” foi organizado pela autarquia cerveirense, em colaboração com a ADRIMINHO e com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo.