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Vila Nova de Cerveira

Cerveira: Guerra no castelo! Presidente quer recuperar monumento mas promotor quer hotel

9 Outubro, 2024 - 01:25

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“O castelo tem um papel central na economia, na cultura e como tal deve ser usufruto quer dos cerveirenses quer de quem nos visita”, diz Rui Teixeira.

Vila Nova de Cerveira quer recuperar o Castelo e o Presidente da Câmara, Rui Teixeira, promete tudo fazer para devolver o monumento à população.

 

Para perceber esta história é preciso recuar até 2019.

 

No final desse ano, no âmbito do Programa Revive, o Castelo de Vila Nova de Cerveira foi concessionado à empresa Revergogi com o objetivo de o transformar num hotel de quatro estrelas. 

 

Quase cinco ano depois, a obra ainda não arrancou.

 

“Desde a primeira hora, tal como consta no nosso programa eleitoral, que temos como objetivo a reversão da concessão do castelo com a qual não concordamos. O castelo tem um papel central na economia, na cultura e como tal deve ser usufruto quer dos cerveirenses quer de quem nos visita”, disse Rui Teixeira à Rádio Vale do Minho.

 

 

Som: Rádio Vale do Minho

 

 

Em 2021, por causa da pandemia, o Turismo de Portugal prorrogou por dois anos a data-limite para este projeto, que mais tarde voltou a ver prorrogado até 2026 o prazo fixado para o início da exploração.

 

Em declarações ao jornal ECO, o empresário responsável pela obra, Eurico da Fonseca, atira as culpas do atraso para o Presidente da Câmara.

 

Afirmou que, logo após Rui Teixeira assumir o cargo, em outubro de 2021, “declarou ser contra o projeto de desenvolvimento de um hotel no interior do Castelo de Cerveira”.

 

Contou que o “projeto foi constantemente indeferido desde a tomada de posse do presidente do município”.

 

O autarca impediu durante mais de dois anos o licenciamento do projeto por razões subjetivas e nunca por razões legais e técnicas”, reagiu o empresário.

 

Em 2021, por causa da pandemia, o Turismo de Portugal prorrogou por dois anos a data-limite para este projeto. 

 

Voltou mais tarde voltou a ver prorrogado até 2026 o prazo fixado para o início da exploração.

 

Rui Teixeira lamenta esta situação e a insensibilidade que se vive mais a sul.

 

“Não foi entregue nenhuma caução. Não foi prestada nenhuma garantia. Foi entregue por 50 anos um património que tem a importância que tem. Quem está por detrás de uma secretária em Lisboa não terá a perceção da importância que tem este castelo. Mas para os cerveirenses tem muita importância e iremos mostrar isso da forma que for necessário”.

 

 

Som: Rádio Vale do Minho

 

 

O Presidente da Câmara mostra-se determinado e garante que a batalha vai continuar.

 

“Iremos continuar a demonstrar a importância que o castelo tem para Vila Nova de Cerveira e o interesse dos cerveirenses em que esse património seja entregue a Vila Nova de Cerveira. Tentaremos que o Governo reverta essa decisão, até porque não foi cumprido o contrato. Nem sequer zelaram pelo património, tendo em conta a falta de segurança que oferecia o edificado”.

 

 

Som: Rádio Vale do Minho

 

 

O Município de Vila Nova de Cerveira até já realizou e divulgou um vídeo onde, com a colaboração da população local, mostra esta vontade férrea na recuperação.

“Os Cerveirenses querem o seu ex-libris devolvido às gentes de Cerveira e da região! Um vídeo onde a identidade Cerveirense é assumida com emoção e assertividade!”, escreveu a autarquia.
Veja o vídeo [crédito: Município VN Cerveira]

 

 

Hotel pronto em 2026

Entretanto, refere o jornal ECO,  Eurico da Fonseca garante que levantou o alvará em setembro e que a obra já está em concurso.

 

O promotor prevê que as obras vão arrancar em janeiro do próximo ano e estar concluídas no prazo de um ano.

 

Ali nascerá um hotel de quatro estrelas, com 44 quartos. O investimento será superior a três milhões de euros. Vai criar cerca de 30 postos de trabalho.

 

 

 

[crédito fotografia capa: Município VN Cerveira]

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