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Caminha

Caminha/A Guarda: Estuário do rio Minho dá passo importante na candidatura à UNESCO

4 Março, 2016 - 08:28

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Foi assinado o protocolo de colaboração ente os dois municípios e o Laboratório de Património e Turismo Cultural da Universidade de Barcelona e Ibertur – Rede do Património, Turismo de Desenvolvimento Sustentável.

Caminha e A Guarda deram esta quinta-feira início formal ao processo técnico de candidatura do Estuário do Rio Minho a Paisagem Cultural da UNESCO, cuja primeira fase será a sua inclusão numa lista indicativa. Foi assinado o protocolo de colaboração ente os dois municípios e o Laboratório de Património e Turismo Cultural da Universidade de Barcelona e Ibertur – Rede do Património, Turismo de Desenvolvimento Sustentável. “Iniciamos hoje um caminho que atesta a singularidade mundial de um dos estuários mais bonitos do mundo. Dois territórios irmãos que agora se unem para distinguir a sua singularidade”, disse o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves.
O protocolo foi assinado nas instalações da Câmara de A Guarda, por Miguel Alves, por António Lomba Baz, presidente da Câmara Municipal de A Guarda e Jordi Tresserras Juan, Diretor do LAB-PATC Laboratório de Património e Turismo Cultural da Universidade de Barcelona e IBERTUR – Rede de Património, Turismo e Desenvolvimento Sustentável.
Para Miguel Alves todo este processo vai distinguir A Guarda, Caminha e o Rio Minho no contexto mundial. Também António Lomba Baz comunga desta opinião, ao garantir que “a formalização desta candidatura significa que somos singulares na Galiza, em Portugal, na Europa e no Mundo”.
O presidente da Câmara de Caminha mencionou ainda que este sábado também se iniciam as atividades que os dois municípios vão promover e integrar a candidatura do Estuário do Rio Minho na lista do Património Mundial da UNESCO na categoria de paisagem cultural transfronteiriça.
Jordi Tresserras está confiante no “sucesso” desta candidatura, pois acredita no potencial do Estuário do Rio Minho para ser património cultural transfronteiriço. Neste momento, 1031 sítios e lugares detêm o estatuto de “Património Mundial”, dos quais 802 são de caráter cultural, 197 naturais e 32 mistos. Porém, só existem quatro paisagens cultuais com caráter transfronteiriço nestes números, relativos às fronteiras entre Espanha e França; Áustria e Hungria; Alemanha e Polónia e Rússia e Lituânia. Jordi Tresserras realçou que na Europa existem apenas 6 paisagens culturais transfronteiriças e no mundo 12.
O objetivo desta fase do processo é entrar na lista indicativa do Património Mundial da UNESCO na categoria de paisagem cultural transfronteiriça, onde se terá de manter durante um ano, para em 2018 se apresentar a candidatura à UNESCO e em 2019 ser considerada então “Património Mundial”.
Recorde-se que Miguel Alves e António Lomba Baz assinaram em novembro último o memorando de entendimento que deu início ao projeto conjunto. A candidatura do Estuário do Minho Caminha – A Guarda a Paisagem Cultural da UNESCO é uma grande aposta dos dois municípios que, como foi referido na altura, acreditam que a riqueza histórica, cultural, paisagística, ambiental, económica, etnográfica e humana desta zona comum são condições suficientes para o sucesso do projeto, que é possível graças às excelentes relações entre A Guarda e Caminha e ao espírito de colaboração reforçado ao longo dos últimos dois anos.
A Universidade de Barcelona, sublinhamos, é o parceiro ideal para este projeto, uma vez que integra o grupo restrito de cinco universidades, a nível mundial, que têm convénio com o Centro de Património Mundial da UNESCO. As outras universidades são: Brandemburgo – Cottbus (Alemanha), Dublin (Irlanda), Turim (Itália) e Tsukuba (Japão).

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