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A Câmara Municipal de Caminha já tem várias soluções em cima da mesa para a época balnear que se avizinha. O manual de procedimentos de acesso às praias elaborado por parte da Direção-Geral da Saúde (DGS) deverá ficar concluído dentro de poucos dias.
Entretanto, o presidente da Câmara Municipal, Miguel Alves, já adiantou ao jornal Expresso algumas ideias que podem ser colocadas em prática. Uma delas passa por “avisos sonoros a alertar para picos de lotação e a interditar o acesso” às praias.
Outra ideia é a “distribuição de pulseiras de acesso”, admitiu o autarca, além da colocação de mais casas de banho portáteis e uma “ação preventiva enormíssima” nas zonas não concessionadas.
Conforme tinha já adiantado o edil socialista à Rádio Vale do Minho, as esplanadas ficarão fechadas, funcionando os bares em regime de take away. O estacionamento será limitado e haverá uma redução das barracas de praia em 50%. Os fuzileiros deverão juntar-se à polícia marítima nas patrulhas.
“Se houver algum desrespeito e se percebermos que as pessoas não nos acompanham neste cuidado, mandaremos encerrar a praia de um momento para o outro”, avisou recentemente Miguel Alves.
Em jeito de síntese, Miguel Alves alerta que “não podemos esperar um Verão exatamente como todos aqueles que temos tido. Vamos ter de alterar hábitos e na praia vamos ter de ser rigorosos”.
Liliana Silva: “Pulseiras? Vai dá-las a quem? São os amigos do Executivo que vão à praia?”
As ideias da maioria socialista não caíram nada bem à direita, sobretudo junto de Liliana Silva, vereadora do PSD na Câmara Municipal e antiga deputada na Assembleia da República que se mostrou “chocada”.
“É aqui que se vê a incapacidade de lidar com situações difíceis, vejamos: Resolve com avisos sonoros, tipo estado de guerra, e interdita-se o acesso às praias. Que ideias infelizes!”, escreveu a autarca na sua página de facebook.
“Pior do que isso, ainda se lembra de dizer que vai distribuir pulseiras de acesso à praia. Pulseiras? Está a brincar? E vai dá-las a quem? São os amigos do Executivo que vão à praia?”, questionou Liliana Silva.
A vereadora chumba também a intenção de querer encerrar as esplanadas. “Então o Governo e a DGS pedem que se priorize o uso das esplanadas, com as regras devidas, e o presidente da Câmara quer encerrá-las?!”, atira. “Está um concelho inteiro a adaptar-se para receber as pessoas no Verão com segurança, para conseguir resistir ao embate económico que estão a sofrer e este executivo resolve o assunto, para não ter trabalho, encerrando esplanadas?!”.
Caminha, recorde-se, é nesta altura o terceiro concelho do Vale do Minho mais afetado pela pandemia causada pela COVID-19. Conta nesta altura com 16 casos confirmados, sendo que seis estão ativos e 10 casos estão recuperados. Há ainda um óbito registado [não contabilizado pela autarquia dado ter ocorrido numa IPSS fora do concelho].
[Fotografia: Ilustrativa / DR]
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