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Viana do Castelo

Câmara pede classificação de interesse turístico para Romaria d’Agonia

29 Abril, 2013 - 17:05

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A próxima edição da Romaria d’Agonia já deverá estar classificada de interesse turístico para garantir a autenticidade e promoção internacional daquela festividade, anunciou a Câmara de Viana do Castelo, promotora da candidatura.

A próxima edição da Romaria d’Agonia já deverá estar classificada de interesse turístico para garantir a autenticidade e promoção internacional daquela festividade, anunciou a Câmara de Viana do Castelo, promotora da candidatura.

“Para que as nossas festas fiquem com um selo de qualidade, podendo ser mais um dos eventos nacionais que o Turismo de Portugal pode, lá fora, dizer que tem. Uma festa com estas características é distintiva a nível internacional”, explicou José Maria Costa.

Segundo o presidente da Câmara de Viana do Castelo, a candidatura da romaria minhota à Declaração de Interesse para o Turismo, hoje apresentada publicamente, já foi disponibilizada à Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal. Esta, por sua vez, levará a proposta à secretaria de Estado do Turismo e ao Turismo de Portugal, esperando-se a sua validação no prazo de 40 dias, ainda antes da próxima festa, que arranca a 16 de agosto.

O processo de candidatura, que resultou num dossiê com 60 páginas, foi conduzido por Francisco Sampaio, que durante mais de duas décadas liderou a extinta Região de Turismo do Alto Minho (RTAM) sendo hoje o maior especialista na história daquela festa secular.

“As nossas festas são únicas e como tal merecem ter esta distinção”, sublinhou Sampaio. Garantiu que esta classificação é perseguida desde 2002, ainda com a RTAM, sendo “finalmente” formalizada agora, igualmente para “valorizar” o turismo religioso como uma aposta turística local.

Segundo números da organização, cerca de 750 mil pessoas visitam Viana do Castelo nos dias da romaria (agosto), a qual assume igualmente “um contexto económico muito importante” para o concelho, garante José Maria Costa.

“É também uma romaria com um contexto religioso muito forte, tem uma projeção nacional e internacional que a torna na maior de Portugal. É a maior atração turística de Viana do Castelo e este título é merecedor pelo carinho que todos os vianenses colocam na festa”, explicou o autarca.

A Romaria de Nossa Senhora d’Agonia é considerada uma das principais festividades do país, remontando as suas origens a uma via-sacra referenciada em documentos do século XV. Nesse local foi construída, em 1674, a Capela do Bom Jesus do Santo Sepulcro.

A devoção a Nossa Senhora da Agonia surgiu em 1751, quando a imagem da santa entrou na capela, o que fez aumentar de forma considerável o número de promessas e ofertas.

A igreja dedicada à santa começou a ser construída em 1774 e, nove anos mais tarde, a Sagrada Congregação dos Ritos concedeu licença para que todos os anos pudesse ser celebrada naquele local, a 20 de agosto, uma missa solene, dia que ainda hoje é feriado municipal.

Nos moldes próximos dos atuais, a festa surgiu em 1823 e o primeiro desfile do traje surgiu em 1906. Dois anos depois o programa incluiu, pela primeira vez, a parada agrícola, antecessora do atual cortejo etnográfico.

Em 1968 realizou-se a primeira Procissão ao Mar, atualmente um dos números mais emblemáticos, com centenas de embarcações de pesca a levarem a imagem da padroeira ao mar e ao rio.

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