PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Alto Minho

Câmara Municipal vai contestar despedimento coletivo “selvagem” nos ENVC

28 Novembro, 2013 - 09:50

158

0

Após o anúncio unilateral do despedimento dos mais de 600 trabalhadores dos ENVC, o autarca José Maria Costa recorda um processo mal conduzido desde início e acusa a tutela de tratar como “objetos descartáveis” os trabalhadores, para quem o autarca exige respeito.

A Câmara Municipal de Viana do Castelo vai apoiar todas as iniciativas judiciais dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) para contestar aquilo que considera ser um despedimento coletivo “selvagem” levado a cabo pelo Estado.

Após o anúncio unilateral do despedimento dos mais de 600 trabalhadores dos ENVC, o autarca José Maria Costa recorda um processo mal conduzido desde início e acusa a tutela de tratar como “objetos descartáveis” os trabalhadores, para quem o autarca exige respeito.

José Maria Costa diz que o município não aceita um despedimento coletivo numa empresa com trabalho previsto e com futuro, sendo que “deveria ser obrigação do Estado dar um exemplo de respeito social, tratando os trabalhadores com cautela, oferecendo programas de formação profissional e de pré-reforma de forma a acautelar os direitos dos trabalhadores”.

O autarca refere mesmo que este poderia ter sido um excelente exemplo por parte do Estado para as empresas, “mas o que se verificou foi que o Estado tratou a empresa com um capitalismo selvagem sem precedentes”.

A propósito, o autarca lembra os tempos da Revolução Industrial, altura em que o Papa Leão XIII, na sua encíclica Rerum Novarum, denunciava o capitalismo selvagem e protegia os trabalhadores e que, ainda esta semana, Papa Francisco retomou a mesma linha de pensamento defendendo a dignidade social do trabalho.

Por isso, José Maria Costa recomenda ao Ministro da Defesa uma leitura atenta do que é a social-democracia e os princípios do bem comum.

A Câmara Municipal de Viana do Castelo vai, neste sentido, apoiar todas as iniciativas judiciais dos trabalhadores para contestar o despedimento colectivo.

Últimas