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Viana do Castelo

Câmara garante que licenciamento de fábrica de cabos foi “perfeitamente normal”

1 Março, 2012 - 17:29

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A Câmara de Viana do Castelo esclareceu hoje que o licenciamento de uma fábrica de capitais portugueses e holandeses, a instalar junto ao porto de mar da cidade, reúne todos os pareceres e autorizações “necessárias”.

A Câmara de Viana do Castelo esclareceu hoje que o licenciamento de uma fábrica de capitais portugueses e holandeses, a instalar junto ao porto de mar da cidade, reúne todos os pareceres e autorizações “necessárias”.

“As pessoas não são tolas. Aprovaram os projetos de acordo com a Lei e com os Planos”, afirmou José Maria Costa, presidente da Câmara, em resposta às dúvidas dos moradores do Cabedelo, em Darque, sobre o processo de licenciamento, que descreveu como “perfeitamente normal e enquadrado com a legislação portuária”.

“Existe um Plano de Ordenamento do Território e, por algum motivo, as fábricas são instaladas nas zonas empresariais do concelho. O porto de mar é apenas para carregar e descarregar mercadorias, não para ter uma fábrica, pelo que queremos esclarecimentos”, apontou Rocha Neves, porta-voz dos moradores.

O grupo luso-holandês Royal Lankhorst Euronete começou esta semana a construir uma fábrica de cabos para amarração de plataformas petrolíferas, que empregará 70 trabalhadores, num investimento de 6,5 milhões de euros.

O presidente daquele grupo, José Gramaxo, avançou à Agência Lusa que a fábrica será instalada junto ao porto de mar de Viana do Castelo para facilitar a exportação da produção por via marítima e deverá começar a laborar “até final de agosto deste ano”.

“Soubemos desta fábrica há uma semana, ao reunirmos com a administração do porto de mar, mas não temos mais nenhuma informação sobre o que será e porque é que se vai instalar naqueles terrenos. Não sabemos que tipo de impactos vai ter, pelo que estamos preocupados”, afirmou, por seu turno, Rocha Neves, após uma assembleia-geral de moradores daquela zona.

Na mesma reunião, os moradores decidiram solicitar à Câmara de Viana do Castelo, aos ministérios da Economia e do Ambiente e à autoridade portuária toda a informação relativa ao processo de licenciamento desta unidade.

“Já sabemos que alguns setores estão contra o porto de mar, mas este é um investimento importante para Viana do Castelo, com mais postos de trabalho. Tenho pena que hajam pessoas que apenas pensam na sua comodidade e não olhem para o desenvolvimento”, reagiu hoje José Maria Costa.

“Foi um processo perfeitamente claro e transparente”, acrescentou.

O autarca lembra que o porto de mar, onde será instalada a fábrica que produzirá 3000 toneladas de cabos por ano para exportação por via marítima, “já esteve muito anos à deriva” e garante que “tudo fará” para “aumentar a sua competitividade”.

A Royal Lankhorst Euronete emprega em Portugal mais de 700 trabalhadores, distribuídos pelas unidades de Boticas (222), Murça (34), Maia (452) e Póvoa de Varzim (24).

Contudo, esta última unidade será “descontinuada”, com a produção de cabos de ancoragem e respetivos trabalhadores transferidos para a nova unidade de Viana do Castelo, onde serão criados “entre 40 a 50 novos empregos”, além dos 24 deslocados.

Uma outra parte da produção até agora realizada na Póvoa de Varzim, de cabos marítimos, será deslocalizada para a unidade da Maia.

Na fábrica de Viana do Castelo serão produzidos cabos para amarração de plataformas petrolíferas, entre outros, num total anual estimado de 3.000 toneladas, exclusivamente para exportação.

O primeiro projeto desta unidade terá como destino o mar de Barents, entre a Noruega e a Rússia, já na segunda metade de 2013, para servir as plataformas petrolíferas e de prospeção de gás ali instaladas.

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