Barbosa: “Isto não é uma corrida de 100 metros! É uma maratona!”

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“Já sabíamos que quando o vírus entrasse nos lares, tudo iria tornar-se mais complicado”. Foi com esta frase que António Barbosa iniciou esta segunda-feira uma conversa com a Rádio Vale do Minho após um dos dias mais trágicos no concelho desde o início da pandemia – três mortos e cinco infetados.

Até ao momento, Monção regista já quatro óbitos provocados pelo novo coronavírus (COVID-19). O presidente da Câmara enviou desde logo as sentidas condolências às famílias. A maior parte deles idosos, utentes do Lar da Santa Casa da Misericórdia. “Estamos a falar de doentes que tinham já outras patologias associadas”, realçou o autarca.

A rotina diária de António Barbosa mudou de um dia para o outro. Levanta-se cedo. Deita-se tarde. Tem estado sempre na linha da frente monçanense desta guerra contra a COVID-19. É constantemente elogiado por isso, mas pouco ou nada liga a louvores nesta altura.

Barbosa: “Estamos a falar de um inimigo invisível. Muito difícil de combater! Cada dia é um dia e todos eles com muito trabalho.”

“Estamos a falar de um inimigo invisível. Muito difícil de combater! Cada dia é um dia e todos eles com muito trabalho. Acordamos no dia seguinte sem saber o que vai acontecer”, desabafou Barbosa à Rádio Vale do Minho. “As medidas foram tomadas e agora temos é de estar sempre do lado das entidades, das IPSS’s”.

O concelho de Monção conta nesta altura com 65 casos ativos de infeção pela COVID-19. Mais de 80% são do Lar da Santa Casa. E os números não param de aumentar. 

“Isto não é uma corrida de 100 metros. É uma maratona!”, exclamou Barbosa. “Os números ao nível nacional demonstram isso. Foi mais um dia com 600 infetados. Sinceramente, acho que ainda estamos longe de dizer que vencemos esta luta”, considera o presidente da Câmara de Monção alertando para o facto de que “temos de continuar vigilantes”.

É uma guerra que vai sendo feita de batalhas “e cada dia é mais uma luta… mais uma vitória, sempre ajudando aqueles que mais precisam de nós”.

Barbosa:  “Não é hora de baixar os braços! É hora de continuarmos unidos e a trabalhar cada vez mais!”

Sem poupar elogios ao esforço que todas as funcionárias do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Monção têm feito, Barbosa lembra que “é a maior instituição do concelho”. Garante que não vai desistir e que a autarquia estará sempre “do lado deles e de todos os monçanenses”. 

Barbosa lança também um profundo apelo à população e a todos os voluntários. “Não é hora de baixar os braços! É hora de continuarmos unidos e a trabalhar cada vez mais!”, frisou. “É bom que toda a gente perceba que isto não está ultrapassado e ainda temos algum trabalho pela frente antes de ver a tal luz ao fundo do túnel”, avisa.

Monção apresenta agora 71 casos confirmados, com 65 casos ativos, dois infetados recuperados e 4 óbitos registados. 

[Fotografia: Arquivo / DR]

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