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Autárquicas 2025

Autárquicas 25/ENTREVISTA: Rui Lages, candidato pelo PS à Câmara de Caminha

5 Outubro, 2025 - 19:09

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Autárquicas 2025.

Rui Lages é o candidato pelo PS à presidência da Câmara Municipal de Caminha nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro.

 

Em entrevista à Rádio Vale do Minho, o candidato faz uma “avaliação positiva” do mandato que agora termina e garante que a travessia entre Caminha e A Guarda voltará a ser “uma realidade”.

 

 

 

Rádio Vale do Minho (RVM) – Qual ou quais as razões que o levam a candidatar-se à presidência da Câmara Municipal?

Rui Lages (RL) – A minha candidatura é uma candidatura natural. Sou o atual presidente da Câmara Municipal, sinto que o trabalho que temos desenvolvido é um trabalho positivo e que honra o concelho de Caminha.

 

Ouvi muito a nossa população, senti o carinho e a vontade que as pessoas tinham em que eu continuasse a dar seguimento ao projeto que tenho liderado.

 

Por isso, a minha candidatura é natural. Não sendo uma candidatura de um homem só. É uma candidatura que tem consigo mais de 500 mulheres e homens que quiseram dar o seu contributo para este enorme desafio.

 

 

 

RVM – Que balanço faz do anterior mandato?

RL – Faço uma avaliação positiva. Neste mandato, fizemos a maior transferência de verdad de sempre para as Juntas de Freguesia; apoiamos as IPSSs, criamos projetos educativos inovadores (AECs), consolidamos os apoios às nossas duas corporações de bombeiros, apoiamos todas as nossas comissões de festas e romarias populares; promovemos o desporto e a cultura.

 

Realizamos obras estruturantes como a Escola Básica e Academia de Música Fernandes Fão, o Auditório Ramos Pereira em Vila Praia de Âncora, fizemos o novo Mercado Municipal de Caminha; requalificamos o Forte da Lagarteira criando o “Espaço Memória do Mar”; demos início à requalificação do Centro de Saúde de Vila Praia Âncora; expandimos a rede de saneamento; Criamos uma Incubadora Verde; requalificamos diversos arruamentos no concelho, num dos maiores investimentos de sempre no território… fizemos tudo isto e, ao mesmo tempo, reduzíamos a dívida da Câmara Municipal em mais de 8 milhões e 400 mil euros.

 

Orgulho-me verdadeiramente do legado que deixamos.

 

 

 

RVM – Que medidas propõe ao nível da habitação?

RL – A habitação é um dos principais vetores de atuação. A disponibilidade de habitação pública tem de ser uma prioridade .

 

Já iniciamos esse processo com a aquisição de 7 habitações e com a requalificação da antiga escola primária de Cristelo, reconvertendo-a em duas novas habitações (até ao momento tudo via orçamento próprio municipal).
Mas estamos conscientes de que necessitamos de fazer mais.

 

Para isso, para além do esforço próprio municipal, necessitaremos da intervenção do esforço privado e cooperativo para dar respostas objetivas às necessidades atuais.

 

Estaremos cá para apoiar investimentos privados para a construção a custos controlados ou para fazermos parcerias com entidades que tenham o interesse em investir e ser parceiros da Câmara Municipal.

 

 

 

RVM – Que propostas tem para o comércio tradicional?

RL – O comércio tradicional é um dos principais motores económicos do concelho.

 

Entendemos que é necessário criar condições para que o nosso comércio tradicional possa evoluir e capacitar-se. Respondendo às exigências dos atuais consumidores.

 

Criaremos parcerias com as Associações Empresariais parceiras, por forma a modernizar o nosso comércio.

 

Iremos integrar o comércio tradicional em roteiros turísticos (ex.: pastelarias típicas, lojas centenárias).

 

Criaremos Mercados temáticos regulares (gastronomia, artesanato, livros, flores) para atrair pessoas.  Criaremos um Calendário anual de eventos que envolva comércio local (Noite Branca, Feira de Natal, Festival da Gastronomia, Semana do Comércio Tradicional).

 

Teremos mais animação de rua (música, arte urbana, teatro) para aumentar o fluxo de visitantes.

 

 

 

RVM – Que projetos tem para a indústria?

RL – Teremos duas frentes abertas nesta âmbito. Em primeiro lugar, iremos promover o alargamento da zona empresária da Gelfa.

 

Em segundo lugar, abriremos a discussão pública uma localização de uma nova zona de acolhimento empresarial.

 

Após este debate – discussão pública- arrancaremos com a fase de concretização.

 

 

 

RVM – Que ideias tem para a saúde?

RL – Queremos que a população do concelho de caminha tenha toda direito a um médico de família.

 

Continuaremos o projeto que já temos em andamento de levar cuidados de saúde às populações mais vulneráveis e que se encontram nos territórios mais rurais e do interior. Iremos alargar o âmbito geográfico do projeto para abranger mais freguesias.

 

Como já referi, temos em execução a obra de requalificação do centro de saúde de Vila Praia de Âncora e, dentro em breve,  teremos também a obra do Centro de saúde de Caminha em andamento (aguardamos o visto do tribunal de contas).

 

 

 

RVM – Que propostas tem para a cultura e desporto?

RL – Somos muito arrojados nestas áreas. Temos dos eventos desportivos mais importantes do distrito, como o Triatlo Longo de Caminha ou o Grande Trail da Serra D’Arga. Estes são projetos para manter e potenciar.

 

Mas, continuaremos a apoiar todas as nossas instruções e clubes desportivos como temos vindo a fazer até agora (a título de exemplo estamos a executar a requalificação do relvado do estádio do Ancora Praia FC; disponibilizamos uma verba de 90 mil euros para que o Lanhelas FC possa construir uma bancada coberta; instalamos um pontão flutuante para a prática de Remo do SCCaminhense; estamos a requalificar o Estádio Morber).

 

Ainda no desporto iremos providenciar aulas de natação gratuitos para todas as crianças até aos 12 anos de idade e isentaremos o pagamento de frequência dos banhos livres os jovens até aos 35 anos de idade.

 

Na cultura somos uma referência na região norte. Temos dois dos festivais de música mais importantes da península ibérica (CA Vilar de Mouros e o Sonicblast) dois eventos que serão para manter e potenciar.

 

Iremos reabilitar a Casa Ventura Terra e criar lá uma residência artística no âmbito da música. Continuaremos com programas e projetos de apoio aos artistas locais.

 

As nossas festas e romarias são a nossa identidade e os apoios serão, obviamente, para manter e fomentar.

 

 

 

RVM – Que propostas tem para a educação?

RL – Queremos requalificar o nosso parque escolar, dando melhores condições de aprendizagem as nossas crianças e jovens, tal como já o fizemos com a escola sede do agrupamento de escolas.

 

Manteremos a Escola a Tempo Inteiro (aberta desde as 7h30 até às 19h00).

 

Continuaremos com o projeto das AECs um projeto inovador que tem como parceiros as instituições e clubes locais.

 

 

 

RVM – O ferry boat Stª Rita de Cássia está nesta altura num estaleiro. Que futuro para a travessia entre Caminha e A Guarda?

RL – A travessia será uma realidade. Com a atual embarcação ou com uma mais moderna iremos ter esta ligação tão necessária para o concelho.

 

Lutaremos até ao fim para que o nosso Rio Minho seja intervencionado (desassoreado), só assim será viável a ligação fluvial.

 

 

 

RVM – Que mensagem deixa ao eleitorado?

RL – Provei com trabalho e resultados que sei governar a Câmara Municipal de Caminha com responsabilidade e credibilidade.

 

O futuro exige experiência, determinação, foco e ambição. É isso que proponho.

 

Ser candidato é pedir a confiança da nossa comunidade. Ser eleito é assumir a responsabilidade de honrá-la todos os dias. Eu estou pronto!  Estou aqui por todos e com todos.

 

Juntos vamos construir um projeto que respeite o povo e crie esperança renovada à nossa terra.

 

 

 

[N.R – A Rádio Vale do Minho enviou, via email, 10 questões a todos os candidatos à presidência da Câmara Municipal deste concelho nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro. São publicadas as respostas daqueles que aceitaram o nosso repto]

 

 

[crédito fotografias capa: PS Caminha | Rádio Vale do Minho]