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Autárquicas 2025

Autárquicas 25/ENTREVISTA: Amélia Barbeitos, candidata pela CDU à Câmara de Monção

8 Outubro, 2025 - 08:11

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Autárquicas 2025.

Amélia Barbeitos é a candidata pela CDU à presidência da Câmara Municipal de Monção nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro.

 

Em entrevista à Rádio Vale do Minho, a candidata considera que “o atual presidente da câmara demonstrou falta de visão e ausência de compromisso”. Defende ainda que “os produtores devem assumir uma participação mais significativa no financiamento” da Feira do Alvarinho.

 

 

 

 

Rádio Vale do Minho (RVM) Qual ou quais as razões que a levam a candidatar-se à presidência da Câmara Municipal?

Amélia Barbeitos (AB) – A CDU apresenta esta candidatura para afirmar uma alternativa de confiança, que põe
os interesses da população em primeiro lugar. Candidato-me para defender serviços públicos de qualidade, justiça social e um futuro com igualdade.

 

A CDU tem uma longa história de trabalho autárquico em todo o país, marcada pela seriedade, pela competência e pela defesa intransigente dos interesses da população.

 

 

 

RVM – Que balanço faz do anterior mandato?

AB – Ao longo destes oito anos, o atual presidente da câmara demonstrou falta de visão e ausência de compromisso com os verdadeiros interesses da população.

 

A começar pela higiene urbana e pelo espaço público: a zona ribeirinha e o Parque das Caldas estão completamente abandonados, quando deviam ser espaços de orgulho e de lazer para todos.

 

O abandono destes locais mostra bem a forma como a câmara tem virado as costas ao património natural e à qualidade de vida da população.

 

Outro exemplo é a ligação da A28. Durante oito anos, o presidente nunca levantou este tema, fundamental para o desenvolvimento económico e para a mobilidade da região.

 

Foi a CDU, através do PCP, que levou este projeto à Assembleia da República, e só agora, em tempos de eleições, se fala nele. Isto não é planeamento: é oportunismo político.

 

E por fim a forma como tem sido gerido o licenciamento de habitação privada no centro urbano é desajustada e contrária ao interesse coletivo. Com a aposta quase exclusiva em T0 e T1 no centro urbano, a atual gestão está a afastar as famílias da vila.

 

Esta política não responde às necessidades de quem procura estabilidade para viver, trabalhar e criar filhos aqui. O centro da vila precisa de habitação diversificada e acessível, que atraia famílias e que garanta vida ao comercio e dinâmica comunitária, e não soluções que apenas alimentam especulação.

 

A política de licenciamento seguida é profundamente desajustada. Ao permitir que fogos urbanos sejam transformados em vários T1 e T0.

 

O resultado é um território desequilibrado, com um centro urbano sem vida, sem comércio dinâmico e sem comunidades estáveis.

 

 

 

RVM – Que medidas propõe ao nível da habitação?

AB – A CDU defende outro caminho: o licenciamento deve ser orientado para o interesse público, privilegiando habitação diversificada e adequada às necessidades da população, criando condições para que as famílias se fixem e contribuam para um concelho mais vivo e coeso.

 

 

 

RVM – Que propostas tem para o comércio tradicional?

AB – O comércio tradicional é o coração da nossa vila. A CDU propõe dinamizar o centro urbano, reduzir taxas para os pequenos comerciantes, apostar na inovação e criar políticas que aproximem o comércio da vida cultural e turística.

 

Só assim teremos ruas vivas, com emprego e identidade própria.

 

 

 

RVM – Que projetos tem para a indústria?

AB – A CDU defende uma política industrial que sirva o desenvolvimento do concelho, em equilíbrio com a qualidade de vida das populações e a preservação do território.

 

Durante anos assistimos ao crescimento desordenado de pequenas fábricas, fabriquetas e armazéns espalhados pelas aldeias sem planeamento nem condições adequadas.

 

Esse modelo cria problemas ambientais, de acessibilidade e segurança, além, de dificultar a vida de quem investe.

 

O nosso projeto é claro: concentrar essas indústrias em polos industriais. Ao mesmo tempo, propomos políticas municipais que incentivem e apoiem os empresários nesta transição, oferecendo soluções em vez de obstáculos.

 

 

 

RVM – Que ideias tem para a saúde?

AB – A CDU defende uma saúde pública de proximidade. Queremos mais médicos de família, centro de saúde dignos, transporte acessível para todos os utentes e programas de prevenção que melhorem a qualidade de vida.

 

A saúde é um direito e não um negócio. Medidas: Reforço de cuidados de proximidade, saúde preventiva e comunitária. Apoio aos profissionais de saúde. Integração com respostas sociais.

 

 

 

RVM – Que propostas tem para a cultura e desporto?

AB – A CDU defende uma política cultural e desportiva assente na igualdade de oportunidades, na valorização de associativismo e na democratização do acesso.

 

A cultura e o desporto não podem ser vistos como privilégios de alguns, mas sim como direito para todos.

 

No desporto, é urgente pôr fim a uma visão limitada ao futebol. O concelho tem atletas, clubes e modalidades diversas que merecem o mesmo respeito e apoio da câmara. O nosso compromisso é claro: apoio equitativo a todas as modalidades, com transparência nos critérios.

 

Na cultura queremos valorizar os artistas e associações locais, levar iniciativas culturais a todas as freguesias. A câmara deve investir em equipamentos culturais, dinamizar a programação e garantir que a cultura não seja apenas um cartaz turístico, mas sim parte integrante da vida comunitária.

 

A CDU apresenta-se com a determinação de construir um concelho onde a cultura e o desporto estejam ao serviço do povo, como instrumento de inclusão, de educação e qualidade de vida.

 

 

 

RVM – Que propostas tem para a educação?

AB – A CDU assume a educação como um direito fundamental e como pilar do desenvolvimento do concelho e do país. Defendemos uma escola pública de qualidade, que garanta igualde de oportunidades para todas as crianças e jovens, independentemente da sua condição social ou do lugar onde vivem.

 

É urgente valorizar quem faz a escola no dia a dia: professores, educadores e todos os funcionários. São eles a base de uma educação de qualidade, e merecem respeito, melhores condições de trabalho e salários justos.

 

Ao nível municipal, a CDU propõe investir na requalificação das escolas, assegurar transportes escolares seguros, reforçar as atividades de apoio ao estudo e criar programas de articulação entre escola, famílias e comunidade.

 

Queremos escolas vivas, abertas e inclusivas, que formem cidadãos livres, críticos e preparados para o futuro.

 

Defendemos ainda a criação e reforço das bolsas de estudo municipais, dirigidas a alunos de famílias com menores recursos, para garantir que nenhum jovem vê o seu percurso educativo travado por dificuldades económicas.

 

 

 

RVM – Que futuro para a Feira do Alvarinho?

AB – A Feira do Alvarinho é um dos momentos importantes da nossa terra. Somos a região demarcada do Alvarinho, um vinho de excelência que merece ser celebrado e promovido.

 

Todos os anos, milhares de visitantes e também os nossos residentes participam nesta feira, que tem corrido sempre com grande sucesso e que muito contribui para a projeção do nosso concelho.

 

No entanto, é preciso reconhecer que se trata de um evento muito caro, financiado em grande parte pelo orçamento da câmara, ou seja o dinheiro dos contribuintes.

 

Ora, os principais beneficiados desta feira são naturalmente os produtores de Alvarinho: não apenas pela venda direta durante o evento, mas também pela grande campanha de promoção e publicidade que daí resulta para as suas marcas.

 

Por isso a CDU defende que os produtores devem assumir uma participação mais significativa no financiamento da feira, não se limitando apenas ao pagamento do aluguer dos stands.

 

Assim, garantimos uma feira sustentável, justa e equilibrada, em que todos contribuem e todos beneficiam, produtores, população local e visitantes. É desta forma que se constrói um evento que valoriza o nosso concelho e respeita os recursos públicos.

 

 

 

RVM – Que mensagem deixa ao eleitorado?

AB – Apresento-me a estas eleições com uma mensagem de esperança e de mudança. O nosso concelho precisa de uma nova energia, com políticas construtivas e progressistas que ponham as pessoas em primeiro lugar.

 

A CDU defende o que é de todos: um Serviço Nacional de Saúde público de qualidade, uma escola pública capaz de garantir igualdade de oportunidades e um município que sirva a população e não interesses particulares.

 

Acredito que é possível fazer diferente: governar com transparência, proximidade e justiça social.

 

Esta candidatura não é apenas minha, é de todos os que sonham com um concelho mais justo, solidário e com futuro. Juntos podemos contruir a mudança!

 

 

 

 

[N.R – A Rádio Vale do Minho enviou, via email, 10 questões a todos os candidatos à presidência da Câmara Municipal deste concelho nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro. São publicadas as respostas daqueles que aceitaram o nosso repto]

 

 

 

[crédito fotografias capa: DR | Rádio Vale do Minho]