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Caminha

Atenção. Caravelas-portuguesas continuam a ser avistadas numa praia do Alto Minho

12 Setembro, 2025 - 16:06

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Não lhes toque.

O bom tempo aproxima-se e na praia de Moledo, em Caminha, continuam a ser avistados exemplares de caravelas-portuguesas (Physalia physalis).

 

O alerta é dado pela plataforma GelAvista, que monitoriza o aparecimento de gelatinosas nas praias do território continental.

 

A caravela-portuguesa, uma colónia de organismos da classe dos hidrozoários semelhante na aparência a uma alforreca, é a espécie gelatinosa mais perigosa que surge em Portugal.

 

As caravelas podem causar lesões severas na pele, semelhantes a queimaduras, mesmo depois de mortas.

 

 

Cuidados a ter

Não toque nestas gelatinosas.

 

Algumas espécies de medusa podem picar, injetando veneno e causando reações locais e, no caso da caravela portuguesa, efeitos sistémicos ocasionais.

 

Estas espécies têm células chamadas cnidócitos usadas para alimentação e defesa, que são como minúsculas seringas que injetam substâncias tóxicas por contacto com outros animais. Os cnidócitos encontram se essencialmente nos tentáculos.

 

No caso dos humanos, o nível de toxicidade depende da espécie e da quantidade de veneno injetada.

 

Os cnidócitos permanecem ativos mesmo quando os animais estão mortos na areia da praia.

 

A maioria dos contactos é acidental e ocorrem na praia. Por isso, é importante que os frequentadores das praias evitem tocar nos organismos arrojados especialmente nos tentáculos.

 

 

Se avistar, alerte

Se avistar uma (ou várias) caravelas-portuguesas na praia, deve alertar de imediato os responsáveis pela segurança da praia. Neste caso, os nadadores-salvadores.

 

 

Se tiver tocado em alguma:

Lave a zona afetada com água do mar, sem esfregar. Remova com uma pinça os possíveis vestígios do organismo que possam estar na pele

 

 

Não faça isto:

Não usar água doce, álcool, ou amónia;

 

Não usar ligaduras ou pensos rápidos.

 

 

Após lavar e limpar com água do mar a zona afetada:

Aplicar compressas quentes (40º C) durante cerca de 20 minutos. Aplicar vinagre sem diluir.

 

Se estiver em choque, com dificuldades em respirar ou a dor persistir, consulte o seu médico ou farmacêutico.

 

Vale referir que a caravela-portuguesa não se move – flutua à superfície das águas, empurrada pelo vento, com os tentáculos pendentes com a finalidade de capturar peixes para a sua alimentação.

 

Os tentáculos podem atingir um comprimento de 50 metros, mas a média é cerca de 30 metros.

 

 

 

[crédito fotografias capa: GelAvista]