Este fim-de-semana, em termos desportivos, a calculadora via ter alguma folga, já que os pontos em disputa serão em menor número e apenas reservados às competições nacionais. É que cá entre nós, os três escalões competitivos vão dar lugar à disputa das respectivas Taças. Mas nem por isso, as emoções e o interesse serão diminutos, tanto que a Taça costuma estar também recheada de emoções e incertezas.
Os oitavos de final da Taça Associação de Viana do Castelo, a disputar na tarde de Domingo, bem cedo, têm a preponderância de equipas da Divisão de Honra, com a presença de apenas três conjuntos da divisão secundária. Desde logo se antevê um domínio de equipas da Honra nos quartos, mas há a certeza de que pelo menos uma dessas oito será do escalão inferior e das situadas no fundo da tabela. Trata-se do Chafé, que ficou isento na eliminatória, encontrando-se já apurado. Ao conjunto vianense poder-se-ão apenas juntar Perre e Lanhelas, dois potenciais candidatos em luta pela subida, mas, no momento presente, integram o lote secundário. A tarefa não será fácil, quer para o Perre, embora esta equipa jogue na condição de anfitriã, quer para o Lanhelas, pois defrontam adversários de craveira superior e dos melhores classificados. Ao Perre cabe defrontar o líder da Honra, o Courense, sabendo-se do interesse dos courenses em conquistar o troféu, reunindo à sua volta a expectativa da “dobradinha”, ao passo que o Lanhelas tem deslocação ao Municipal da Correlhã, conhecendo-se as dificuldades colocadas pelos cornelianos nos seus domínios, tanto que se encontram num dos melhores momentos da época. Mas será unicamente nestes dois jogos que poderemos encontrar algum tomba gigantes!
Há certeza igualmente que cinco equipas pertencerão à Honra em face dos embates programados. Desses, os três conjuntos do Vale assumem clara dose de favoritismo dada a sua condição de visitados e ainda os contributos dos seus adversários. O Valenciano, em luta pelo título, recebe o penúltimo classificado, o Paçô, certamente mais motivado para os pontos do campeonato; o Cerveira, também a jogar no seu recinto, defronta, novamente, o Castelense, a quem há dias venceu por margem folgada; finalmente, o Campos perante o Távora, num desafio de maior equilíbrio, mas sem esquecer que os do 1º de Janeiro já levaram de vencida o adversário. Três encontros interessantes, sem esquecermos que “taça é taça” e “não há dois jogos iguais”, mas com credibilidade de o Vale ficar bem representado nos quartos.
Finalmente, dois dérbis, quiçá os mais próximos em termos geográficos, com o Neves, habitual “papa taças” (tendo a época anterior sido excepção para gáudio dos monçanenses) favorito por esse aspecto e também por jogar em casa, desta vez frente ao vizinho Vila Fria, conjunto que vai, de certeza absoluta, dificultar ao máximo a tarefa dos de Vila de Punhe. O outro é o embate entre Lanheses e Moreira de Lima, de prognóstico sempre reservado, recordando mesmo que os ora visitados já triunfaram, esta época, no campo do adversário.
Dum modo ou doutro, sete bons jogos para a tarde domingueira, com início à hora da sobremesa, que é como quem diz, pelas duas e meia da tarde.
Já que falámos em Taça, aproveitamos a “onda” para o Inatel, pois a tarde de Domingo vai trazer-nos os dois finalistas desta entidade, com a disputa da segunda mão dos encontros da meia-final. Vantagem, à partida, na bagagem dos dois visitantes, pois Longos Vales e Calheiros ganharam pela margem de dois a um aos agora anfitriões, Gárcea e Deucriste, respectivamente. Sabemos que os dois conjuntos que jogam em casa são precisamente os dois últimos do campeonato, mas até por isso, esgotadas as hipóteses nesta competição, depositarão todas as esperanças na Taça, pelo que quer os sanjoaninos, quer os calheirenses terão que se precaver e aplicar a fundo para evitarem surpresas e poderem proporcionar-nos uma final de eleição.
Deixando a Taça, voltemo-nos para a última jornada do nacional da III divisão no que se refere à primeira fase, onde se consumará a primeira selecção com a despromoção de seis equipas. Desta, falta apurar apenas uma, entre Maria da Fonte, a principal candidata, pois depende das outras duas, e Marinhas/Taipas, que só cairão, já, se não vencerem os respectivos encontros na sua qualidade de anfitriões.
O Taipas recebe o Desportivo de Monção e o Marinhas, o seu conterrâneo Esposende. Atenta a tabela, o favoritismo recairá nos visitados, que defrontam os dois últimos, sem qualquer hipótese de permutarem de lugares nesta fase, mas há que considerar que estes jogam perfeitamente descontraídos com a certeza que nenhum mal virá por acréscimo. Já a Maria da Fonte, além de ter que defrontar um adversário com outras ambições, o Vianense, ainda com a obrigação de recuperar os pontos perdidos em casa perante o Taipas, teria que esperar uma escorregadela dum dos outros dois. Emoções, por isso, nestes três encontros da jornada derradeira. Isto sem deixarmos em aberto como grande probabilidade e hipótese a descida do trio, embora dois deles só lá para o final da competição.
Ronfe e Santa Maria encarnam, por outras razões, o epiteto de jogo da jornada, já que nele se disputa a vice-liderança além do amealhar de pontos para a luta final. Também o Bragança, apesar de ter o primeiro lugar assegurado nesta fase, tentará ganhar em casa do despromovido Merelim, já que os três pontos da vitória lhe valerão dois na divisão ao meio com que se iniciam as contas da segunda fase.
Tranquilidade total, apenas no dérbi alto minhoto entre Ponte da Barca e Melgacense, versão dois, com ambos os conjuntos com destinos traçados, sendo absolutamente previsível mais uma vitória dos barquenses frente à juventude melgacense, tanto que os locais deverão apresentar duas equipas diferentes perante a formação semelhante dos visitantes, ou seja, na véspera haverá confronto entre Juniores dos dois clubes, enquanto no Domingo o “cenário” humano apenas sofrerá grandes alterações nos locais.
Nos apontamentos finais, o Limianos, que se não tem dado tão bem com as últimas prestações, terá a possibilidade de garantir a manutenção frente ao Famalicão, de modo a poder concluir o campeonato com absoluta normalidade.
Já na principal liga, o mano a mano mantém-se apesar dos dois pontos que separam dragão e águia, com estas últimas a tentarem depenar o galo só lá para a noite de Domingo, para recuperarem energias do desgaste perante os franceses, conhecedores, uma vez mais do desfecho do dragão que abre esta noite as hostilidades perante os canarinhos. Para já, qualquer deles depende exclusivamente de si próprio, mas em todo o caso está vedada nova escorregadela ao dragão, como também aos arsenalistas se ambicionam a Champions e amanhã defrontam os maritimistas, também em luta europeia. Já o leão vai amanhã a exame na academia coimbrã, perante uma derradeira hipótese de tentar as provas europeias. Tudo numa ronda a terminar em Bonfim, na Segunda, com o duelo dos Vitórias, em que apenas um deles poderá fazer jus ao nome.
E não esqueça, uma vez que há Taça, Domingo esperamos por si mais cedo um pouco.
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