Apesar do epicentro das atenções desportivas da nossa zona se centrar no dia 1 de Abril, não enganaremos quem quer que seja se lhe dissermos que acontecerão grandes incertezas e emoções a rodos.
O Benfica/Braga, inegavelmente um dos jogos de maior grau de resultado imprevisível, ainda por cima imediatamente após o Porto/Olhanense, concentrará as energias no Sábado à noite e da Luz poderá resultar, ou não, “luz” para o título.
Aconteça, porém, o que acontecer na noite de Sábado, é na tarde de Domingo de Ramos que a nossa incidência se verificará, em torno de mais uma jornada das “nossas” competições, agora que a recta da meta começa a aproximar-se e os “sprinters” se colocam em posição propícia à vitória final.
No nacional da III divisão, gorada a primeira hipótese de Cerveira e Melgacense arrecadarem pontos, em situações consideradas possíveis, cada jogo que se segue constitui, até ao limite do impossível de atingir, outra ocasião decisiva e impensada para os deixar escapar. Procurando ser mais claros, a segunda jornada surge, por isso, como das derradeiras, em tempo, para a recuperação, tentando, de imediato, atenuar o “prejuízo”. E se esta ilação é muito importante para o Melgacense, ela é inequívoca e imprescindível para o Cerveira. Não vencer, para a equipa da vila das artes, poderá significar o anúncio decisivo duma despromoção anunciada e que visará, posteriormente, apenas a confirmação. Uma não vitória dos cerveirenses corresponderá à sua manutenção como lanterna vermelha e assistência à “fuga” daqueles com quem necessita alternar.
Por seu turno, o Melgacense tem também necessidade, aliada a obrigação, de vencer, desde logo porque é visitado, depois porque lhe possibilitaria a junção ao adversário, com a consequente travagem da sua ascensão, finalmente, para não começar a diminuir o leque dos “condenados” e dificultar ainda mais a salvação.
De forma muito simples, há que dizer que a Cerveira e Melgacense talvez só sirvam mesmo as vitórias nas Marinhas e perante o Esposende, respectivamente. E o ideal até seria juntar às suas vitórias uma igualdade entre Amares e Fão, de modo a atrasá-los a ambos.
Na série das subidas, teste difícil para o Vianense na deslocação ao líder Santa Maria.
Na Honra, merecem realce quatro locais onde se desenrolam os jogos de potencial importância na prova. Desde logo Piães, onde joga o líder Ponte da Barca, campo que costuma colocar dificuldades aos visitados e o próprio líder já ali experimentou um duro golpe para a Taça Ramiro Marques, onde foi cilindrado por um concludente cinco a um e os valencianos foram a mais recente “vítima”. É certo que foi o primeiro jogo oficial da época, mas a equipa de casa necessita de pontos e talvez esse resultado ainda esteja no pensamento e sirva de motivação extra. À espera de eventual escorregadela estará o Neves que joga no Dr. Lourenço Raimundo, onde o Valenciano quer “lavar a imagem” menos clarividente da época e evitar a queda para lugares da tabela pouco adequados à sua condição.
E já agora à espera da perda de pontos de ambos (Ponte da Barca e Neves) estará o Desportivo de Monção onde mora ainda a esperança de atingir o topo, muito por via dos bons resultados auferidos com as quatro vitórias conseguidas nos últimos jogos. Só que os monçanenses têm, quiçá, a deslocação mais difícil das três em falta, ao Lanheses, em pujança na segunda volta, desde que voltou ao seu reduto, e onde “tombaram” já o actual e o ex-líder da prova. Ainda à espreita está também o Courense, que terá ocasião de ouro para regressar às vitórias, oito jogos depois, com a recepção à lanterna vermelha e quase despromovido Ancorense.
Mais equilíbrio, embora não menos interesse, poderão ter as partidas restantes entre Vila Franca/Moreira do Lima e Távora/Castelense, bem como o Correlhã/Darquense, de importância maior para os visitantes, a ocupar lugar indesejado e perigoso face às más perspectivas do nacional.
Duelo interessante e expectável reside ainda no 1º de Janeiro, no arranque da segunda volta da fase final da I divisão, com o segundo classificado, Campos, a receber o surpreendente líder, Bertiandos, com vantagem folgada. Ao Campos só a vitória interessará, primeiro para manter o lugar de promoção, depois para se aproximar ainda do líder, e ainda para ganhar vantagem importante para o confronto directo final, que poderá ser necessário. Depois, será só esperar pelos desfechos de Vila Fria/Paçô e Arcozelo/Gandra, em que eventuais derrotados começarão a “despedir-se” da “festa”.
No Torneio, o Raianos jogará pela terceira vez consecutiva em casa, querendo certamente evitar terceiro empate, ao passo que o líder Castanheira visita Moledo e o Moreira se desloca a Lanhelas, em busca dos três pontos, apesar da menor motivação da competição.
A competição dos “trabalhadores” é, nesta jornada, menos onerosa para os dois conjuntos “Vale do Minho” já que ambos jogam em casa, com relevo para o Longos Vales, anfitrião do Adecas, que ficará a “morder” os calcanhares do líder Anais, em caso de vitória, reduzindo para um a diferença pontual, nesse caso, beneficiando da antecipação do jogo dos limianos, ficando ainda com mais um para disputar. Trata-se duma oportunidade de ouro que os sanjoaninos não quererão desperdiçar. Os Estrelinhas voltam a jogar em casa, perante o Cepões, e voltam a dispor de oportunidade para fugir ao último lugar, pois o Deucriste já disputou o encontro da ronda.
Em meia linha antes de concluir, estamos num fim-de-semana em que haverá campeão de “meninas” em futsal distrital, título em disputa no jogo entre Monserrate e Soutelense e decidir-se-á o último apurado para a fase final de Juvenis, entre outros jogos em diversas modalidades e escalões.
Como sempre, conte connosco e saiba a agenda completa de eventos, nesta Sexta-feira, a partir das 21 horas, em “Primeira Mão”, e acompanhe-nos na “TARDE DESPORTIVA”, no ar a partir das 15.10 horas de Domingo.
Depois das emoções de Domingo, esteja atento ao rescaldo na tarde ou noite de Segunda-feira, no “Prolongamento” ou nos “Tamanhos da Bola”, no dia imediato.
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