E o mês de Novembro está prestes a atingir o final e com ele as despedidas de quatro equipas do espectro europeu, resumido a partir de agora a Porto e Benfica, embora ainda se não conheça o lugar de “encaixe” dos encarnados.
Neste último fim-de-semana regressará o campeonato nacional da III divisão, com os nossos representantes a jogar nos seus domínios. O Melgacense, colocado no lugar do “bronze”, é anfitrião do Marinhas e, uma vez mais, incumbe-lhe a tarefa de “vingar” os vizinhos de Monção, não para esse objectivo, mas para se fixar nesse posto, continuando a manter bem acesa a chama da subida. Já os monçanenses terão adversário teoricamente bem mais difícil, pois trata-se do vice-líder Ronfe, mas é altura dos comandados de Avelino Chio deixarem essa sequência negativa de derrotas e voltarem a amealhar alguns pontinhos, até para enfrentarem com mais entusiasmo as jornadas seguintes da prova.
Interessante, sem nos mexermos do âmbito distrital, irá ser, com certeza, o dérbi entre os dois conjuntos do vale do Lima. No Dr. José de Matos, Vianense e Ponte da Barca terão uma luta cerrada motivada por circunstâncias diferentes: não deixarem fugir o comboio da dianteira, por parte dos homens da casa; evitarem a queda num grande precipício, por parte dos barquenses que, em caso de derrota, tenderão ao abismo donde se começará a mirar o espectro da despromoção.
Os três jogos restantes continuam a ter dois embates entre associados de Braga, sendo um deles o Merelinense/Maria da Fonte, situados em postos consecutivos na tabela, com espaço de um ponto, com os mari fontistas em maré negra pela saída do conceituado técnico, Alberto Fernandes, seguido por meia dúzia de atletas. O outro refere-se ao embate entre Santa Maria/Esposende, entre equipas com percursos antagónicos, com os barcelenses a remontar à metade superior da tabela e os esposendenses a não conseguirem descolar do par do fundo; Finalmente o jogo do líder Bragança, em sua casa, perante o Taipas, com os brigantinos a tentarem a continuidade nesse posto, isolados, e poderem remeter os Caçadores para a segunda metade da classificação.
Passando para a nossa Honra, invertem-se as posições da passada semana, entre os “nossos” representantes, no que concerne a saídas. Desta feita, apenas o Campos não precisará de fazer malas, recebendo o Castelense, no 1º de Janeiro, quiçá na tentativa de continuidade dos resultados altamente satisfatórios que vem conseguindo. Necessitam de muito empenho e concentração os pupilos de Delfim Barbosa, pois uma vitória pode reconduzi-los até ao pódio, mas ao invés, um deslize, também os pode atirar para baixo de meio, sendo até ultrapassado pelo seu adversário.
A expectativa maior residirá no S. Sebastião, em Moreira de Lima, onde mora o único invicto da prova e receberá o líder Courense. É certo que os homens de Coura regressarão de Moreira com o primeiro lugar, independentemente de qualquer resultado, mas será bem diferente se ampliarem a vantagem para seis pontos ou ficarem com a margem mínima. Hipótese ainda admissível é a manutenção da actual diferença de quatro pontos, se o encontro redundar em empate, equivalendo também à continuidade da invencibilidade dos limienses. O melhor é aguardar e/ou seguir o desenrolar deste encontro de grande impacto.
Valenciano e Cerveira têm viagens complicadas até terras de Valdevez: ao alto de Paçô, rumam os valencianos em busca de mais três pontos para se manterem na corrida, mas terão que contar com os obstáculos que impõem os locais; os da vila das artes vão até ao Monte Aval, defrontando os tavorenses que, por norma, não costumam dar “aval” aos forasteiros, não devendo fugir à regra numa época em que se encontram em alta. Atenção e cuidados redobrados precisam-se, pois este é para os visitantes um jogo de referência acrescida e decisão elevada, obrigatório em mudança de rumo, pelas duas últimas derrotas consecutivas, que culminaram no averbar de um único entre nove pontos possíveis.
Extra Vale, pede-se também atenção ao candidato Neves, já bronze, porque embora tenha viagem curta até à terra das rosas para defrontar a lanterna vermelha, Vila Franca, tem que convencer-se que o adversário tudo fará para deixar esse incómodo como indesejado lugar.
Restam Vila Fria/Correlhã, com o factor casa a poder desequilibrar em favor dos vilafrigidenses e um embate entre últimos, Bertiandos/Lanheses, com hipóteses matemáticas de qualquer deles poder concluir a jornada na cauda da tabela classificativa.
Pela divisão secundária, embora tenha a designação oficial de primeira, o líder Darquense não vai conquistar a nona vitória consecutiva, neste Domingo, porque o calendário lhe não atribuiu adversário, mas conservará a liderança isolada, pois a “prata” Lanhelas, que também permanecerá nesse segundo lugar no final da ronda, está a seis pontos, reunindo todas as possibilidades de reduzir para três relativamente ao primeiro e manter os quatro aos seguidores, já que é anfitrião das Águias do Souto, uma das equipas do fundo da tabela, que apenas conseguiu uma vitória e esta entre os seus muros.
À espreita de eventual escorregadela dos lanhelenses estarão, em primeiro plano, o par Perre e Castanheira, terceiros classificados, ambos a jogar em casa. Um e outro terão tarefa complicada, já que não há jogos fáceis, confirmando os adversários, Fachense e Ancorense, respectivamente, essa teoria, tanto mais que os seguem, imediatamente, na tabela, podendo mesmo ultrapassá-los se triunfarem. Daí a antevisão e a expectativa de dois encontros equilibrados e emotivos.
Referindo-nos agora aos outros dois conjuntos do Vale, Raianos e Moreira têm destinos não muito distantes entre eles, pois ambos se enquadram em território limiano. O Raianos marcará presença em Arcozelo, conjunto de quem é parceiro pontual nesta altura, perspectivando-se, até por esse facto, um jogo equilibrado; o Moreira, um pouco adiante em Vitorino das Donas, podendo, caso triunfe, aproximar-se do adversário, aproveitando alguma força anímica que lhe tem trazido os recentes encontros.
Restam dois confrontos: um duelo de últimos entre Chafé e Gandra, que poderá trazer os primeiros pontos aos visitados, o que implicaria, de imediato, troca de posição com os visitantes e um Caminha/Arcos, equipas a executar percursos antagónicos, com os caminhenses em ascensão e os arcuenses em declive acentuado.
São muitas as contas a efectuar pela tarde de Domingo fora.
E haverá ainda que lhe acrescentar bastantes mais, incluindo as do Inatel, onde o campeão em título, Longos Vales se estreará em casa recebendo o Calheiros, única equipa que já sofreu uma baixa por castigo, além da derrota caseira na ronda inaugural. Espera-se que não venha a terras de Deuladeu recuperar os pontos perdidos.
Outro desafio entre vitorioso e derrotado na ronda anterior é o que terá lugar em Cabaços onde esta equipa receberá o Cepões, em mais um, entre muitos, dérbi limianos. Nos outros dois encontros, teremos dois vencedores da primeira jornada – Adecas e Anais – e outro entre dois derrotados: Gárcea e Deocriste.
E se tiver oportunidade, um dos encontros mais entusiásticos do fim-de-semana poderá ser o que se desenrolará no Cruzeiro, entre Limianos e Vilaverdense, em situações opostas na tabela, mas também um encontro entre dois técnicos vizinhos e bem conhecidos, com fracasso político em comum. Veremos qual deles triunfará, desportivamente.
E para culminar um fim-de-semana recheado de emoções, nada melhor que um Braga/Porto, versão um, para um final de Domingo, num duelo de expectativas em alta e de valor decisivo para os bracarenses, quiçá com o olhar atento, de sofá, das águias que, na véspera, se terão desvencilhado, com relativa facilidade, do Olhanense. Prolongue-se o fim-de-semana até Segunda-feira para o Sporting se refazer do desastre europeu antes de voltar a Moreira de Cónegos, ao lugar onde já perdeu um troféu esta época.
Como de costume, Domingo à tarde, cá estaremos para acompanhar os grandes desafios e certificar os desfechos e na Segunda, em “Prolongamento”, para os rescaldarmos, com mais pormenores.
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