Chegou finalmente o fim-de-semana da maior ansiedade no que respeita à maioria dos campeonatos que acompanhámos e seguimos em todo o rigor e par e passo. A excepção será apenas o nacional da III divisão.
Falemos, de imediato, da Honra, cuja derradeira jornada vai ter lugar este Domingo, a partir das 17 horas. Antes de mais diremos que, não sendo muito provável, até poderemos não ter campeão, o que talvez (quase de certeza) fosse inédito numa prova desta natureza e neste escalão. Repito, neste escalão, pois já aconteceu na formação.
Dos vários cenários possíveis, esse é apenas um deles, talvez o mais improvável. Ponte da Barca, o melhor posicionado, Courense, ainda com algumas esperanças e Neves, dependente de “desastre” dos outros dois, são os três sobre quem recaem as atenções no próximo Domingo. Só uma coisa tem em comum: jogam todos em casa.
Para se chegar ao cenário mencionado (não haver campeão) teriam que ser derrotados Ponte da Barca e Courense e vencer o Neves. Nessa situação, Ponte da Barca e Neves seriam obrigados a jogar uma “finalíssima”. Dos outros cenários possíveis, o mais simples será o Ponte da Barca vencer, pois é o único que não estará dependente de outrem, pois parte com um ponto de vantagem sobre Courense. Vencendo, será campeão. Empatando o Ponte da Barca, será campeão se o Courense não vencer, caso contrário serão estes a fazer a festa. Se o Ponte da Barca perder, então há três hipóteses possíveis: o Courense vence e será campeão; o Courense empata e o Neves não vence e será também campeão; mas se o Courense empatar e o Neves vencer, então os homens de Vila de Punhe serão campeões. Este é o único cenário que levaria ainda o Neves ao título. Nada melhor que aguardar os desfechos.
Pois bem, o Ponte da Barca só depende de si mesmo, mas terá que enfrentar um Desportivo de Monção, em crescendo, nesta fase final da competição e que ainda no passado Domingo levou de vencida o Neves. Será que o Desportivo de Monção vai vingar a derrota da primeira volta e entregar o título ao Courense ou retribuir, de forma indirecta, os pontos conquistados ao Neves? Terá capacidade – e coragem – para estragar uma festa pré-anunciada dos barquenses?
Teoricamente, Courense e Neves têm tarefa mais acessível, já que defrontarão equipas dos lugares do fundo da tabela, se bem que os de Coura têm que defrontar o Vila Franca ainda não livre de despromoção, caso aconteça o pior cenário ao Melgacense, ao passo que o Ancorense, jogará em Vila de Punhe já na condição de há muito despromovido. Mas também sem “pressão” alguma. E como costuma dizer-se (e acontecer) já não há jogos fáceis.
Ainda bem para os amantes do futebol que todas as hipóteses estão em aberto.
Na I Divisão, também há três “galos”, mas estes em luta por dois “poleiros”. Por isso, apenas um ficará de fora. Mas esse já sabe que fica mesmo, pois já é confirmada a descida do Cerveira, que impede a subida do “bronze” deste escalão.
Bertiandos, Vila Fria e Paçô são o trio (des)harmonia, pois cada qual vai tentar pender para o seu lado. Há um facto curioso: embora os dois primeiros (Vila Fria e Bertiandos) estejam espaçados do Paçô por dois pontos, cada qual depende exclusivamente de si próprio para subir. A Vila Fria e Bertiandos bastarão empates para consumar a subida, pois nesse caso ficaria de fora o Paçô. Mas ao Paçô também lhe bastará vencer o Bertiandos, passando e deixando a decisão para uma finalíssima entre Bertiandos e Vila Fria, se os vilafrigidenses perderem ou apurando os vianenses caso pontuem em Gandra, ficando os das Lagoas de fora. Que irá acontecer? É impossível prevê-lo, pelo que o melhor será esperar.
A única certeza, para desconsolo dos “nossos” é que o Campos – Arcozelo só servirá para “cumprir calendário” ou quando muito tentar terminar com vitória, para ficar esse sabor… até Setembro.
Já que por cá estaremos, nada nos custa deitar uma olhada ao Lanhelas/Perre, ali para as bandas de Vila Praia de Âncora, na final do Torneio, até para ficarmos a saber se se confirmam (ou não) as insinuações do Rui Sacramento que “a taça vai ser entregue ao Lanhelas”.
No nacional da III divisão, com o Ceveira a “cumprir calendário” e reiterar a dignidade e honra e o seu empenho em luta pela verdade desportiva, defendendo as suas cores, perante o seu público, frente ao Esposende, o Melgacense tem o jogo mais importante de toda a prova, pois dele pode depender o futuro e a conclusão da época.
O Amares/Melgacense constitui a “chave” desta fase do campeonato. O único ponto que separa os dois clubes chama-se linha divisória de permanência e descida. Daí que o resultado mínimo obrigatório dos comandados de Paulinho seja o empate para manter essa distância e continuar a depender de si próprios sem necessidade de ajuda de terceiros. Ai se vencer, isso então poderá contribuir para festejar no Domingo imediato a sua permanência. Seria bem melhor. Já se aperceberam então que em caso de derrota, os homens da terra de Inês Negra não só entram na zona de despromoção como ficam a depender de prejuízos de terceiros para de lá sair. E faltando apenas duas jornadas, isso será perigosíssimo.
E eis o campeão Longos Vales de volta, agora na fase nacional da competição. O estatuto de cabeça de série valeu-lhe o direito a jogar no seu campo a primeira eliminatória. Coube-lhes a visita do Penajóia, dos arredores de Lamego, ilustre desconhecido, mas nesse aspecto estarão em pé de igualdade. Pois bem, como bons acolhedores, estimem a “jóia” mas não tenham “pena” em levá-los de vencida, pois também nós por cá continuaremos mais alguns fins-de-semana e teremos lugar para vós.
Ah, já agora, horários diversificados para Domingo: Em Longos Vales, às quatro da tarde; uma hora depois, nos restantes jogos.
Como sempre, conte connosco e saiba a agenda completa de eventos, nesta Sexta-feira, a partir das 21 horas, em “Primeira Mão”, e acompanhe-nos na “TARDE DESPORTIVA”, no ar a partir das 16.10 horas de Domingo.
Depois das emoções de Domingo, esteja atento ao rescaldo na tarde ou noite de Segunda-feira, no “Prolongamento” ou nos “Tamanhos
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