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Desporto

Antevisão à jornada de 19/20 de Dezembro

18 Dezembro, 2015 - 08:39

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Acompanhe o fim-de-semana desportivo na sua rádio de todos os dias.

É chegado o tempo da grande festa da família. É desta festa que todos gostamos. Para trás ficou a “festa do futebol”, com a disputa de mais uma eliminatória da Taça de Portugal, com relevância especial em Braga, onde houve aroma a “desforra” da final passada, num jogo de excelente propaganda do futebol, com sete magníficos golos e com os “Arcebispos” a afastar “Jesus” do vale do Jamor. Coisa quase inacreditável, em tempo de Natal, mas um tinha que sair e a permanência do Braga veio reforçar o cariz nortenho da edição corrente, pois, a sul do Mondego restam Estoril, pelo Continente, e Nacional, pela Madeira, em confronto com a meia dúzia de nortenhos, ficando, desde já com a certeza da presença mínima garantida de dois deles nas meias-finais.
Antes dessa confirmação, porém, falemos deste fim-de-semana antecedente do Natal. Um teste ao campeão (de inverno) assim se poderá classificar a deslocação do líder Ponte da Barca a Vitorino de Piães, na derradeira jornada da primeira volta da principal divisão distrital. Mas a jornada promete bem mais com outra saída também a merecer atenções redobradas – a do Cerveira até à terra das “rosas”, em Vila Franca. As artes a ter que se haver com os “espinhos” e um campeonato que precisava bem de animação para não se tornar monótono já a meio. E para não variar entre o trio da dianteira, também o Desportivo de Monção viajará ao outro vale, até ao alto de Paçô, onde mora um aflito, acabadinho de “travar” a ascensão do principal clube do seu concelho, sinal para os da Deuladeu terem em atenção.
O Paçô jogará a olhar por si, pela necessidade de se afastar do lugar tenebroso onde vai residindo, mas também a contar com a solidariedade do seu conterrâneo, Arcos, em deslocação a Lanheses, sendo inevitável aos arcuenses o regresso com um triunfo, pois caso contrário, passará a lutar apenas pelo posto mais honroso.
Ressaltamos ainda um duelo interessante entre Courense e Valenciano, com os dois em maré menos produtiva, o que trará emoção ao dérbi, tal como o encontro entre o Campos e o Vila Fria, que os do 1º de Janeiro têm necessidade de vencer para não entrar em sobressaltos e evitar demasiada altura dos vilafrigidenses. Nos dois derradeiros encontros, assumem favoritismo os caseiros Correlhã, perante o Castelense, com os cornelianos a tentarem inverter posições com seus vizinhos, embora os da beira-mar ainda não estejam em águas tranquilas, bem como o Chafé que espera a visita da lanterna vermelha, Moreira de Lima, já confirmado nesse posto no final da primeira metade, mas aspira à saída dele lá por Janeiro fora, para o que necessita, desde já, aumento pontual.
Na divisão secundária, o Arcozelo volta a ser anfitrião em mais um encontro propício a afastar adversários próximos, mantendo as mesmas coordenadas de GPS. É que depois do Ancorense é a vez do Âncora e sendo os opositores do mesmo lado é natural que a propensão seja a mesma, nem que se voltem a cantar muitos golos. Se tal acontecer novamente, ou seja, mais uma vitória limiana, quase ficará unicamente a decisão para o outro lugar e então o Távora quererá segurá-lo em Darque, local onde jogará mais uma partida com inclinação aos três pontos, esperando, tranquilamente, os desfechos dos concorrentes imediatos, nomeadamente do Perre/Melgacense, que servirá de mais uma oportunidade para decidir quem manterá argumentos de seguir esperançoso na luta pela dianteira.
Nessa, ainda se encontra o Ancorense, apesar do percalço da jornada passada, e o seu adversário desta ronda, o Longos Vales, é propenso a sofrer muitos golos fora de casa, pelo que não será o melhor desafio para voltar aos triunfos, tal como o não será a vida do Moreira que jogará ali bem próximo, na foz do Minho, diante do Lanhelas, em crescendo e expectável nos próximos jogos, embora os “canarinhos” tenham adquirido moral na ronda passada. Por sua vez, ao Raianos, de volta ao Areal, exigir-se-á concentração total, pois enfrentará o Fachense, que tem sido autêntico “travão” aos clubes que aspiram ao topo.
Restam três encontros, sendo um deles pautado pelos lugares do fundo da tabela, o Gandra/Castanheira, propício a um triunfo a qualquer deles, tal como se prevê equilibrado o confronto entre Anais e Cardielense ou mesmo Bertiandos/Vianense B, os quatro empenhados na conquista do lugar mais honroso possível.
Em Portugal Prio e a cinco rondas da primeira grande definição, voltam a tocar-se quase os extremos, com o Vilaverdense em recepção aos “mineiros” de Argozelo, com objectivos bem opostos, aliás semelhantes ao Camacha e Bragança, pois enquanto os transmontanos do nordeste e os vilaverdenses pretendem manter esses dois lugares dourados, os seus opositores lutam tenazmente pela manutenção e a partir de agora, mais que nunca, os pontos são preciosos. Objectivos idênticos terão os da terra quente de Mirandela, positivamente, na recepção ao Vianense que corre riscos sérios tal como Neves que, apesar da ansiedade, se obriga a ganhar, no seu terreno, às Pedras Salgadas sob pena de ser tarde demais a recuperação. O Limianos viajará à Madeira para defrontar o Marítimo B e seria bom para si e conterrâneos a aquisição dos três pontos do encontro.
Passemos ao futebol profissional com as despedidas do ano nos dois campeonatos. A II Liga terá jornada escaldante antes do sabor das rabanadas. Na luta pela promoção, Chaves/Portimonense e Gil Vicente/Feirense são dois grandes jogos para essa decisão, mormente para o “galo” e os algarvios que, em caso de derrota, poderão hipotecar as suas hipóteses; contrariamente, Chaves, sobretudo, e ainda Feirense poderão sentir não só os calcanhares daqueles dois adversários, mas ainda de Famalicão que jogará na Tapadinha, diante do Atlético, ou Freamunde que se desloca aos vizinhos de Penafiel. Sem importância na promoção mas directamente na luta pelo título, haverá um Benfica/Porto, em “B” com o Sporting à espreita, em Guimarães.
E quanto a NOS, os três ditos grandes jogarão Domingo, único aspecto em comum, a não ser o factor casa para Porto e Benfica, contrariamente ao Sporting que irá á Madeira para ver se o nevoeiro lhe permite a partida diante da União que, assim, num espaço de dez dias testará o trio. O trio de adversários, que certamente não o trio de resultados, antes mais um desfecho negativo, o que manterá a liderança dos leões na transição de ano. Antes dos leões, o Benfica tenta “navegar”, de forma calma, nas águas do Rio Ave, de modo que o Porto diante da Académica já conhecerá os dois desfechos e tenderá a imitá-los. Sim, porque mesmo no tropeço de algum deles, mormente do Leão, o Dragão não costuma aproveitar-se do fracasso dos adversários, e ainda para mais na época da solidariedade por excelência.
Em duelo europeu, num dos encontros mais aguardados, Braga e Paços de Ferreira fecharão a jornada, na noite de Segunda, pouco depois de se terem defrontado Belenenses e Boavista, ambos em saída de chicotada e esfomeados de pontos. De permeio, a tarde/noite de Sábado trar-nos-á dois confrontos com pendor de equilíbrio, pois se encontram praticamente emparelhados e consecutivos: Arouca/Marítimo e Estoril/Guimarães.
No Domingo, além do trio dos grandes, jogarão Moreirense/Nacional, com o regresso de Manuel Machado a casa e Tondela/Setúbal, em estreia do técnico local que, mesmo ganhando, manterá a lanterna vermelha, sem contar com a projecção alta dos sadinos.
Pinceladas finais curtas, como a quantidade de jogos, mormente no futebol de formação distrital com pausa total nos campeonatos para dar lugar aos “quartos” de Taças em Iniciados e Juniores, com alguns jogos de emoção, e um ligeiríssimo acerto em dois jogos atrasados. Salientam-se em Juniores um Arcos/Cerveira e um Barroselas/Vianense, ou seja, praticamente os quatro primeiros do campeonato.
Outrossim, a maratona do futebol de sete gozará já a folga de Natal, pelo que faltará a grande animação matinal de Sábado com quarenta e três jogos a menos. Em Futsal, pelos Juniores apenas haverá Taça dos Masculinos, nos “quartos”, e em Seniores tão-somente o campeonato Feminino com o duelo entre Moreira e o líder Castanheira. No nacional, realce ao Porto Salvo/Benfica, mas essencialmente ao Braga/Sporting, importante para a definição do “bronze” por parte dos bracarenses.
Finalmente em Hóquei, o clássico, que até poderá ser “chave” para fechar o campeonato- o Benfica/Porto, que mantendo o ritmo dos triunfos encarnados retirará o interesse à competição, no que concerne ao título, claro.
Para os outros postos, atenção ao Física/Sporting, mas sobretudo a Oliveirense/Valongo. Pela II Divisão e antes das férias natalícias, o Valença H C tem deslocação a Azeméis, com a expectativa de continuar como único invicto e desejando uma ou duas prendinhas de Natal do Marco e da Póvoa, nesse caso triunfos diante de Riba D’Ave e Espinho.
E pronto, não haverá tanta quantidade como habitual, mas resta ainda qualidade em abundância para quem pode desfrutar de tempo para seguir o fenómeno desportivo nas vésperas de Natal. Em doses idênticas de uma e de outra, ou seja, em quantidade e qualidade, lhe desejamos sejam satisfeitos os seus desejos. E sonhos. Na solidariedade e na fraternidade do Natal. Santo e Feliz.

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