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Desporto

Antevisão à jornada de 18/19 de Maio

17 Maio, 2013 - 14:35

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Explosivo e escaldante/gelado – três qualificativos de carga elevada mas adequados a caracterizar o próximo fim-de-semana. Explosão de alegria far-se-á sentir de norte a sul, com maior enfoque num ou noutro dos pontos, conforme sejam Porto ou Benfica a sagrar-se campeão nacional. E por via desse facto, o próprio fim de tarde domingueiro será pleno de emoções, com efervescência para uma cor e, em contrapartida, gelado para a oposta.

Explosivo e escaldante/gelado – três qualificativos de carga elevada mas adequados a caracterizar o próximo fim-de-semana. Explosão de alegria far-se-á sentir de norte a sul, com maior enfoque num ou noutro dos pontos, conforme sejam Porto ou Benfica a sagrar-se campeão nacional. E por via desse facto, o próprio fim de tarde domingueiro será pleno de emoções, com efervescência para uma cor e, em contrapartida, gelado para a oposta.

Depois duma semana horribilis para os encarnados, com a junção de mais um fantasma – o da compensação – a todos os outros que o atordoaram, haverá uma recompensadora e reconfortante satisfação dada pelo seu arquirrival, que faça esquecer tanta desilusão?! Ou será que os portistas, agora que se apanharam no topo, vão voltar a beneficiar do desperdício encarnado, tal como na época transacta?

Domingo ao fim da tarde terminará a prova maior do futebol português, com o Porto em vantagem para chegar na frente, já que o Benfica dependerá de escorregadela dos dragões. Apenas uma coisa é certa: o Benfica só poderá ser campeão em caso de vitória perante o Moreirense, que, a registar-se, provocará a despromoção dos Cónegos. Jogo de risco elevado e duplo interesse na Luz, ao contrário da Mata Real onde apenas o Porto joga com objectivo em aberto já que os pacenses têm o lugar final definido e apenas jogam pela dignidade e pela famigerada “verdade desportiva”. A única certeza é que ao Dragão o empate de nada servirá, ou melhor poderá ser equivalente a derrota se o Benfica não vencer, já que em caso de triunfo encarnado os azuis e brancos serão obrigados a idêntico resultado.
Há ainda uma vaga em definição pela Europa, com hipótese de ser assegurada pelo Estoril, caso garanta, no mínimo, um ponto em Barcelos, sendo que o Rio Ave só lá chegará em caso de vitória em Guimarães e derrota da equipa da linha.
O problema é que o “galo” está em luta pela manutenção onde há um grande imbróglio entre este Gil Vicente, o Moreirense, a jogar na Luz, o Beira-Mar a ser anfitrião do Sporting, o Olhanense a receber o Marítimo ou até o Setúbal, também em casa frente ao Braga. Situações mais complicadas para Beira-Mar e Moreirense tanto que até poderão triunfar e descer. Ao Setúbal bastará um ponto ou num cenário catastrofista (caso perca) seria necessário a vitória do trio Moreirense, Gil Vicente, Olhanense, pelo que as hipóteses sadinas são bastante optimistas.
O caos é grande e as hipóteses multiplicam-se pelo que só as contas finais poderão dissipar todas as dúvidas numa última ronda com interesse desmedido como há muito não temos recordação.

Entre nós, pelo nacional, com três rondas em falta, o líder Bragança viaja até Ronfe, quiçá com o pensamento em garantir desde logo a presença no nacional, conhecedor de baixas físicas mas também psicológicas, no adversário, em face do jogo anterior em Viana do Castelo, enquanto Vianense e Santa Maria, na véspera de se defrontarem, vão de abalada até Taipas e Marinhas, respectivamente, para defrontarem dois conjuntos desmotivados, pela despromoção confirmada, mas por esse motivo também a jogar absolutamente tranquilos podendo dificultar a vida aos adversários.
Na série dos “de baixo”, três jogos aos pares para determinar posições quase definitivas, com dérbi alto minhoto, no Manuel Lima, na “Liga dos Últimos”, onde os mais recentes resultados têm sido deficientes para ambos, mas os duplos compromissos dos jovens melgacenses deverão contribuir, mais uma vez, para a esperada vitória dos locais e assim deixar os dois últimos postos arrumados.
Maria da Fonte e Merelinense, talvez os dois clubes a conseguir o “rebuçado” da Taça de Portugal, defrontar-se-ão nos Moinhos Novos em clarificação dos primeiros postos, enquanto Esposende e Ponte da Barca tenderão a decidir desde logo, entre si, quem será “bronze” ou a prolongar essa indecisão por mais uma ronda.

Voltemo-nos agora para os nossos distritais, após a disputa da Taça, numa antepenúltima jornada também ela recheada de emoção.
O líder é agora o Valenciano – único a depender exclusivamente de si, mas com dois à espera da sua “mão” – que tem jogo muito difícil, embora no seu campo, pois trata-se dum dérbi e estes jogos tornam-se sempre muito complicados. O Campos, embora esteja mais ou menos seguro de permanência, não irá facilitar a tarefa dos valencianos, os quais, por sua vez, ainda não deixaram escapar qualquer ponto no seu campo. Se há, de facto, interesse em subir ao nacional, o Valenciano ver-se-á na obrigação do tudo por tudo para ganhar.
Noutro campo, concretamente em Vila de Punhe, estarão frente a frente os dois conjuntos que ainda espreitam a escorregadela dos valencianos. Neves e Courense disputam o encontro da jornada, com carácter decisivo para ambos, sendo que a vitória de qualquer deles significará a “despedida” do opositor nessa luta titânica pelo título. A não ser que … e o Valenciano talvez agradeça… se empatem e ambos se distanciem na corrida.
O quarto conjunto do Vale – o Cerveira – já contemplado com dois títulos oficiais na época, volta a casa mostrar a Taça e receber os aplauso dos adeptos, buscando a quarta vitória noutros tantos encontros com o sossegado Vila Fria.
No extremo oposto e com a equipa da terra das rosas, Vila Franca, já despromovida, mas também com o seu encontro em Piães adiado por uma semana, a luta entre Paçô e Bertiandos assume contornos elevados e ate poderá trazer algum requinte de malvadez. Não ganhando, a equipa da casa é, matematicamente, despromovida; em caso de vitória, dificilmente escapará também à despromoção, só que nessa circunstância, provavelmente, arrastará consigo o adversário. Não menos entusiástico será o Lanheses/Moreira de Lima, pela rivalidade entre vizinhos, mas de municípios distintos, com os locais a necessitarem aproveitar o factor casa e adquirir três pontos tão necessários quanto importantes para fuga a lugares indesejados, aproveitando a folga do Távora, numa altura em que não vem a calhar nada bem aos arcuenses.
Mais descontraído, pelo menos em termos de nervosismo, poderá ser o Castelense/Correlhã, com ambos os conjuntos nos objectivos finais já definidos. Mas ficam cinco partidas de arregaçar mangas e ranger dentes.

Relativamente à I divisão distrital, o interesse residirá apenas nos três jogos em que intervêm equipas em possibilidade de ascensão. Dentre eles, o Darquense/Perre assume contornos de jogo da jornada, não pelo risco que corre a liderança do anfitrião, mas sobretudo pela derradeira oportunidade cometida ao visitante, que deverá sair da corrida se não lograr uma vitória, a qual, por sua vez, traria um acréscimo de importância às duas rondas finais, pela maior proximidade pontual entre os vários intervenientes. Depois, os jogos em que entram os seguidores, ambos a jogar fora dos seus redutos em pisos também contrários aos seus hábitos, ou seja, Águias do Souto/Arcos e Ancorense/Lanhelas, com a propensão de maires dificuldades aos lanhelenses dada a rivalidade concelhia que costuma marcar estes encontros.
Cumprirão calendário os três conjuntos Vale do Minho jogando todos em seu domicílio habitual, certamente com o pensamento e intenção em dignificar as cores e obterem, se possível, vitórias, sendo que a do Raianos perante o Chafé seria também útil ao Moreira, anfitrião do Caminha, bem como a do Castanheira frente ao Arcozelo seria do agrado de Raianos, já que permitiria aos dois conjuntos monçanenses a aspiração à subida dum lugar ma tabela.
Resta um Fachense/Gandra, um dérbi sem grande entusiasmo que poderá, quando muito, confirmar o posto de lanterna vermelha aos forasteiros.

Em apontamentos finais, menção apenas ao término da II Liga sem qualquer decisão de interesse agendado para esta etapa derradeira, o mesmo se não podendo dizer do nacional de Juniores com o título a ser disputado em Vila do Conde, onde o Benfica viaja e terá que vencer para o garantir, pois outro resultado podê-lo-á pender para o Porto, anfitrião do Guimarães. E de Juniores também o Distrital terá jornada importante, mormente para o Moreira que joga uma esperança final na vitória sobre o Vianense e esperando, em seguida, que o seu adversário se superiorize ao Barroselas, que nesta ronda tem tudo à sua disposição para ganhar ao Arcos.
Já agora e voltando aos clássicos, Porto e Benfica, na tarde de Sábado, terão outra grande decisão no Hóquei em Patins e para dividir o “mal pelas aldeias” (pelo menos evitar que se concentre tudo no mesmo lado), o Sporting deverá conquistar o nacional de Iniciados, necessitando tão somente dum empate caseiro frente ao modesto Gafanha.
Eis chegado um fim-de-semana em que é claro que vão terminar algumas provas, mas também é evidente que terá muita matéria a espremer e que vai provocar muita ansiedade e sofrimento; disso ninguém tenha a menor das dúvidas. Mas também muitos exultarão de alegria. É a vida, também no Desporto.

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