Devido a uma falta de entendimento antiga sobre os limites territoriais das duas freguesias, as juntas de Cossourado, no concelho de Paredes de Coura, e a de Sapardos, em Vila Nova de Cerveira, vão acabar em tribunal. A situação agudizou-se recentemente com a instalação de uma antena de telecomunicações.
A presidente da Junta de Freguesia de Cossourado mostra-se indignada, com aquilo que classifica de "invasão de propriedade para arranjar conflitos" e recorda a existência de documentos. Etelvina Montenegro explica ainda que, por uma distância de 20 metros, o equipamento estaria em terreno de Sapardos e evitava-se o processo em tribunal, interposto pelo executivo de Coussorado depois da "falta de diálogo".
A autarca de Coussourado recorda que esta falta de entendimento quandos aos limites das duas juntas de freguesia vizinhas "já tem barbas". Há cerca de dez anos, a Câmara de Paredes de Coura executou um trabalho exaustivo com o objectivo de promover a divisão de baldios entre as freguesias e, consequentemente, entre os concelhos vizinhos, no entanto, e segundo Etelvina Montenegro, as negociações com Sapardos não foram pacíficas, e o litígio continua.
Por seu lado, o presidente da Junta de Freguesia de Sapardos, em Vila Nova de Cerveira, diz que não volta atrás e confirma a vontade de que todo este impasse territorial se resolva na barra dos tribunais. José Silva recorda que tem a documentação necessária para ganhar o processo e depois disso, avisa, naquela zona vai construir uma vala para acabar com os caminhos de ligação.
José Silva relembra uma situação de anos, e que a documentação comprova que a razão está do lado de Sapardos.
Uma indefinição de terreno arrastada por várias décadas colocou de costas voltadas as freguesias de Coussourado, em Paredes de Coura, e a de Sapardos, no concelho de Vila Nova de Cerveira, cuja resolução passa agora pelo tribunal.
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