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Monção

Alvarinho: Monção considera que manifestação desta terça-feira ‘não é cordial’

13 Janeiro, 2015 - 07:23

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Todos os partidos com assento camarário concordaram com a posição assumida pelo presidente da Câmara. PS, PSD e CDS lembram que negociações estão ainda a decorrer.

O Município de Monção vai demarcar-se da manifestação de produtores de vinho Alvarinho contra o alargamento da produção a todos os concelhos da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV). O protesto, recorde-se, foi organizado pelo Município de Melgaço e vai ter lugar esta terça-feira, no Porto. “Melgaço desafiou-nos a participar. Eu disse que tinha de ouvir os ‘homens do vinho’ da nossa comunidade, que são aqueles que integram o grupo de trabalho do Alvarinho: a Adega Cooperativa de Monção, a Associação de Produtores de Alvarinho e a PROVAM. Foram todos unânimes em aconselhar-me a não participar nesta acção”, revelou o presidente da Câmara em reunião do Executivo, esta segunda-feira. “Isto porque ainda decorre a negociação. Não é cordial paralelamente às negociações fazer-se uma manifestação. Resguardo obviamente a possibilidade de a realizar, caso as negociações não cheguem a algo palpável e visível para o Alvarinho”, justificou Augusto Domingues.
A posição tomada pelo autarca socialista foi aplaudida pelos restantes partidos com assento camarário. Do lado do PSD, o vereador António Barbosa deu também parecer negativo à manifestação desta terça-feira. “Não nos pareceria correcta a entrada nesta manifestação, estando um processo negocial a decorrer. Isto é uma matéria muito sensível a todos os níveis”, sublinhou o vereador ‘laranja’.
Pelo CDS, o vereador Abel Batista questiona mesmo a posição tomada pelo autarca de Melgaço. “Acho estranho que o presidente da Câmara de Melgaço tenha dito na Assembleia da República que privilegiaremos a questão da negociação. E quando a negociação está a decorrer, fazem uma manifestação. Não me parece que seja o momento oportuno”, considerou. “A questão do Alvarinho é muito sensível. Quanto mais radicalizarmos, pior é para a região. Devemos ter aqui o máximo de trabalho diplomático para podermos ter vantagem neste processo negocial, senão a situação poderá ficar bem mais difícil”, alertou o vereador centrista.
Refira-se que a produção de vinho Alvarinho movimenta dois mil produtores e engarrafadores dos concelhos de Monção e Melgaço, num volume de faturação anual que ascende a 25 milhões de euros, sendo mesmo uma das uvas mais caras do país.

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