O presidente da Câmara de Arcos de Valdevez defendeu a melhoria da acessibilidade à fronteira com a Galiza, investimento que permitiria colocar o TGV espanhol a 40 minutos do Alto Minho interior.
Em declarações à agência Lusa, o autarca Francisco Araújo (PSD) defendeu um investimento na acessibilidade à fronteira da Madalena, nomeadamente com a criação de uma faixa para lentos, no acesso a partir do vizinho concelho de Ponte da Barca.
“Estamos a falar, até à fronteira, de 20 quilómetros, viagem de menos de uma hora e à qual podíamos ainda tirar 20 minutos com coisas simples como uma via para a circulação só para lentos”, explicou.
“Ninguém está a pedir autoestradas”, acrescentou.
A partir da fronteira com a Galiza, somam-se mais cerca de 40 quilómetros até Ourense (metade já em autoestrada), cidade em que o Governo de Espanha prevê uma grande estação da linha do TGV em construção, a qual ligará à rede europeia de alta velocidade.
“No caso do Alto Minho interior, a valorização da fronteira da Madalena é um fator crítico porque é a ligação mais curta que temos com a Europa”, sublinhou Francisco Araújo.
O investimento, defende ainda o autarca, permitiria “atrair” turismo para o Parque Nacional da Peneda-Gerês, localizado precisamente nesta fronteira, ou captar investimento estrangeiro para os concelhos de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez.
“Ou, ainda, dinamizar o mercado da segunda habitação desta região”, sublinhou.
Acrescentou, contudo, que “ninguém quer retirar importância” à fronteira de Valença, também no distrito e uma das mais importantes do país.
“Mas a abordagem do território não pode ser feita de forma transversal e, sim, atendendo às diversas especificidades e estratégias. Temos de encontrar o ponto de equilíbrio para o território”, rematou Araújo.
Comentários: 0
0
0