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O Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho alertou esta quinta-feira que o efeito da pandemia de Covid-19 nas fronteiras é a dobrar e reclamou uma atenção especial das autoridades europeias para estes territórios.
“O efeito da pandemia na fronteira é a dobrar, incide sobre a saúde e a economia local, como em todo o lado, mas além disso afeta os fluxos transfronteiriços num território fortemente interrelacionado. Encontramo-nos num período em que se estão a promover nas eurocidades, serviços públicos e organismos partilhados, e sobretudo na vida quotidiana das pessoas, das famílias e das empresas que se desenvolve nas duas margens do rio Minho, de modo que as limitações aqui têm um impacto diferente e mais profundo que é necessário ter em conta”, avisou o diretor do AECT Rio Minho, Uxío Benítez citado num comunicado.
Constituído em fevereiro de 2018 e com sede em Valença, no distrito de Viana do Castelo, o AECT Rio Minho abrange um total de 26 concelhos: os 10 municípios do distrito de Viana do Castelo que compõe a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho e 16 concelhos galegos da província de Pontevedra.
O deputado da Cooperação Transfronteiriça da Província de Pontevedra explicou que “o território do rio Minho transfronteiriço foi afetado pelo decreto de estado de alarme espanhol e o pelo estado de emergência português”.
“A recuperação das fronteiras, precisamente no momento do 25º aniversário do Tratado de Schengen, e a eliminação do trânsito em pontos de atravessamento fronteiriço, supõem uma limitação adicional à existente no resto de territórios”, acrescentou Benítez.
Uma “atenção especial”
Perante este cenário, Uxío Benítez apelou às autoridades europeias para “uma atenção especial e medidas concretas para os territórios transfronteiriços que são dos que mais estão afetados por esta crise”.
O responsável revelou ainda que as entidades da Província de Pontevedra em colaboração com o AECT Rio Minho, vão realizar um estudo, “com carácter de urgência sobre o impacto socioeconómico que o encerramento de fronteiras provocado pela pandemia do covid-19 está a ter sobre o território transfronteiriço do Rio Minho”.
O estudo será elaborado através de entrevistas telefónicas ou com recurso a videoconferência, com representantes políticos e sociais de todos os concelhos de ambas as margens do Rio Minho e um acompanhamento dos meios de comunicação e das redes sociais.
“Este relatório irá permitir dimensionar numa primeira abordagem o impacto territorial e tomar decisões de curto prazo, independentemente da necessidade de maiores e mais amplos estudos posteriores”, especificou Uxío Benítez.
[Fotografia: Porto e Norte / DR]
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