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Alto Minho: Ainda se lembra do velhinho tanque de cimento? – Surgiu para combater uma doença

15 Abril, 2020 - 08:53

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Vários tanques públicos e fontanários de Paredes de Coura estão atualmente em “avançado estado de degradação”. O alerta é deixado pelo jornal Notícias de Coura, numa reportagem onde chama a atenção para o mau estado de conservação sobre estas estruturas espalhadas por todo o concelho e que em tempos tiveram elevada utilidade.

Conforme conta o periódico, foi na década de 60 do século passado que a Câmara Municipal – “longe da capacidade financeira dos dias de hoje” – decidiu fazer um forte investimento edificando tanques públicos e fontanários pelas várias freguesias do concelho. O objetivo foi dar resposta às necessidades da população. Praticamente nenhum lugar foi deixado sem tanque ou fonte.

A rede de abastecimento de água ainda não tinha chegado. Máquinas de lavar eram caras. “Logo, as famílias ou possuíam furos próprios ou recorriam, na maioria dos casos, aos fontanários públicos, levando para casa o precioso líquido em canecos produzidos para o efeito”. A lavagem da roupa era feita nos tanques. Dias em que as donas de casa colocavam a conversa em dia.

 

Vieram os tanques particulares em cimento

 

Antes da chegada das máquinas de lavar roupa, vieram ainda os tanques particulares em cimento. A origem aponta para o Brasil. Terão sido criados durante o Programa de Combate à Esquistossomose. Trata-se de uma doença transmitida por contato com água doce contaminada com parasitas.

A doença era especialmente comum entre as crianças em países em desenvolvimento como elas são mais propensas a brincar na água contaminada. Em 2015, esta doença afetou cerca de 252 milhões de pessoas em todo o mundo em 2015. Estima-se que 4.400 a 200.000 pessoas morrem a cada ano.

 

Começam a chegar as máquinas de lavar

 

Com o passar dos anos, a água começa a chegar às casas através da rede de abastecimento público. As máquinas de lavar roupa também ficam mais acessíveis. “A frequência aos tanques [públicos] começa a decair vertiginosamente e, hoje em dia, é praticamente nula a utilização dos mesmos, a ponto de muitos deles se encontrarem já em avançado estado de degradação”, aponta o Notícias de Coura.

Defende o autor da reportagem que “importava manter e preservar e, quiçá, merecer outra atenção das nossas gentes”.

 

Tanques públicos, em Paredes de Coura, deixados ao abandono [créditos: Jornal Notícias de Coura]

 

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