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Caminha

Alcaide de La Guardia promete pagar dívida do ferryboat nos próximos dias

31 Maio, 2012 - 15:37

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A autarquia galega de La Guardia garantiu hoje que vai pagar “nos primeiros dias” de junho a verba em atraso desde 2011 pela operação do ferryboat que liga as duas localidades, mas criticou Caminha pelas ameaças de suspender a ligação.

A autarquia galega de La Guardia garantiu hoje que vai pagar “nos primeiros dias” de junho a verba em atraso desde 2011 pela operação do ferryboat que liga as duas localidades, mas criticou Caminha pelas ameaças de suspender a ligação.

O ferryboat vai parar a 06 de junho, devido à caducidade do certificado de navegabilidade, e não há garantia de regresso face ao atraso nos pagamentos por parte daquele município galego.

A posição foi avançada por fonte do gabinete da autarca de Caminha, Júlia Paula Costa, que garante que o barco só será intervencionado caso o município galego liquide, entretanto, os valores em atraso, tendo em conta que serão necessários mais 50 mil euros em trabalhos no “Santa Rita de Cássia”.

“Em situações anteriores já tínhamos apelado ao trabalho de todos pelo futuro do ferryboat. Isto dá toda a impressão que nem todos remamos no mesmo sentido e que alguém, mesmo que sem o pretender, está a dar passos errados”, advertiu o alcaide de La Guardia, José Manuel Freitas.

Até 2011 é imputada ao município galego uma dívida por regularizar, ao município de Caminha, de 1,4 milhões de euros, pelos custos de operação do barco que liga as duas margens.

A 26 de abril de 2010, a Câmara de Caminha chegou a um entendimento com os vizinhos galegos para um “plano de pagamentos” que previa, naquele mesmo ano, o pagamento da dívida de 2008, de mais de 116.900 euros, já regularizado. Em 2011 foi regularizada a dívida de 2009, no valor de 133.500 euros.

“O acordo foi respeitado até dezembro do ano passado. As autoridades caminhenses sabem, porque foi isso que lhes explicámos nas duas últimas reuniões, que nos primeiros dias de junho pagaremos outra anualidade. Cumprimos o acordo, mas na medida das nossas possibilidades e dos tempos por que passamos”, explicou ainda o alcaide galego.

Contudo, o município de Caminha afirma que “não está disposto a suportar esta despesa unilateralmente”, garantindo que sem que a verba galega entre nos seus cofres o ferryboat não segue para reparar.

“Se o que [a câmara de Caminha] pretende é que em trinta dias paguemos tudo, então já tem uma boa desculpa para parar o ferryboat”, ironizou o alcaide José Manuel Freitas.

Desde setembro, esta é já a segunda vez que a Câmara ameaça suspender a operação, depois de resolvido o problema do desassoreamento do canal de navegação do rio Minho, operação concluída em janeiro e que foi suportada pelas instituições espanholas.

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