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Caminha

Alcaide de La Guardia garante pagamento em maio de verba em atraso para manter ferryboat a navegar

23 Abril, 2012 - 14:34

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O alcaide de La Guardia garantiu hoje que, durante o mês de maio, aquele município galego vai pagar cerca de 200 mil euros à Câmara de Caminha relativamente à exploração do ferryboat, atualmente em risco de parar.

O alcaide de La Guardia garantiu hoje que, durante o mês de maio, aquele município galego vai pagar cerca de 200 mil euros à Câmara de Caminha relativamente à exploração do ferryboat, atualmente em risco de parar.

A garantia foi avançada hoje à Agência Lusa pelo alcaide José Manuel Freitas e já transmitida à autarca de Caminha, Júlia Paula Costa, que, na sexta-feira, ameaçou parar a ligação fluvial com La Guardia devido à dívida galega do serviço, já superior a um milhão de euros, num momento em que o ferryboat necessita de reparação.

“Temos intenção de cumprir os compromissos e, dentro das nossas possibilidades, é o que temos feito. Em 2011, deveríamos ter feito dois pagamentos, mas só fizemos um, porque temos problemas de liquidez”, admitiu o alcaide galego.

Ainda assim, embora sem precisar a data, José Manuel Freitas garante que, “durante o mês de maio”, a Câmara de Caminha receberá uma transferência “de cerca de 200 mil euros”, correspondente a um pagamento em dívida de 2011.

A 26 de abril de 2010, a Câmara de Caminha chegou a um entendimento com os vizinhos galegos para um “plano de pagamentos” que previa, em 2010, o débito do ano de 2008, de mais de 116.900 euros.

Em 2011, os débitos dos anos de 2007 (194.800 euros) e de 2009 (133.500 euros) e, no ano de 2012, seriam pagos os débitos de 2006 (186.000 euros) e de 2010 (198.000 euros).

“Está em falta o pagamento referente ao ano de 2007, que deveria ter sido liquidado até ao dia 31 de dezembro do ano passado, no valor de 194.812,07 euros. Está também em falta o valor referente ao ano de 2011, que não foi incluído no plano de pagamentos, elaborado em 2010, por se considerar que no ano seguinte o município de La Guardia pagaria as contas devidamente, não ficando também esse ano em dívida, o que afinal não aconteceu”, afirmou o município português.

O executivo liderado por Júlia Paula Costa lembra que os valores de 2012 “ainda não começaram a ser regularizados” e coloca a dívida total do município de La Guardia em 1.143.315,34 euros, referente às operações realizadas entre 1995 e 2006.

O ferryboat que assegura as ligações, gerido por Caminha, terá de executar trabalhos de manutenção “no valor de aproximadamente 50 mil euros”, para revalidar o Certificado de Navegabilidade, dentro de cerca de um mês e meio.

“O município de Caminha não está disposto a suportar esta despesa unilateralmente”, explicou a autarquia, ameaçando assim com a paragem do barco.

Desde setembro, esta é já segunda vez que a Câmara ameaça suspender a operação, depois de resolvido o problema do desassoreamento do canal de navegação do rio Minho, operação concluída em janeiro e que foi suportada pelas instituições espanholas.

Agora, “depois de uma postura de tolerância constante e de flexibilidade”, além de “reuniões sucessivas”, o município diz que não pode continuar a “suportar sozinho” as despesas do ferryboat Santa Rita de Cássia.

“Acho que devemos ter muito cuidado com as ameaças de paragem, porque isso pode tornar-se definitivo. Não sei se com isto as administrações centrais, nomeadamente Madrid, terão vontade de continuar com este serviço”, retorquiu o alcaide galego, lembrando o “grande esforço financeiro” realizado por Espanha nas dragagens do canal, terminadas em janeiro deste ano, para assegurar a continuidade do serviço.

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