A Feira dos Santos realiza-se todos os anos, na freguesia de Cerdal, em Valença. Sempre nos dias 1 e 2 de novembro.
Foi elevada no ano passado a Património Cultural Imaterial.
Curiosamente, realiza-se na mesma data em que aconteceu o trágico terramoto de Lisboa em 1755. Enquanto a capital tremia, por cá pode ter-se realizado mais uma edição desta feira.
Tem, seguramente, mais de 300 anos.
No entanto, a primeira edição, segundo a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), pode até remontar aos tempos do rei Filipe IV de Espanha, que reinou naquele país entre 1621 e 1665.
Mas o que tem esta feira de tão especial?
É conhecida por ser a mãe de todas as feiras do Noroeste Peninsular. Atrai milhares de pessoas vindas do Norte de Portugal e da Galiza. Se está a pensar ir, vá cedo. A autoestrada A3 fica literalmente entupida às primeiras horas da manhã.
Lá dentro, são mais de 400 tendas onde se vende de tudo. Ou quase.
O vestuário, as louças, o calçado, as tasquinhas, o gado bovino, caprino e ovino, os produtos do campo, as maquinarias agrícolas, as diversões e uma infinidade de outros atrativos prometem fazer as delícias dos visitantes.
O dia 1 de novembro (Dia dos Santos) é o dia principal e o 2 de novembro está destinado à “Feira das Trocas”.
Uma das marcas da feira são os frutos da época, sobretudo os famosos Pericos dos Santos. Os pericos, uma “pequena pera”, são típicos de Valença e tem no concelho, para além da sua origem, as maiores áreas de produção.
Manda a tradição que nas noites de 31 de outubro e 1 de novembro, a Feira dos Santos é o destino para provar os vinhos novos e saborear os petiscos locais como os rojões, as moelas, as bifanas e o bacalhau, entre muitas outras iguarias. Nas tasquinhas anima-se a noite, ao som das concertinas e soltam-se as mais engraçadas cantigas de desgarrada.
Na Pista das Corridas os ginetes mostram a beleza do nosso cavalo, o Garrano. As corridas de cavalos, em passo travado, decorrem no dia 1, a partir das 14h30.
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