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Paredes de Coura

Vítor Paulo Pereira: ‘Defenderemos os nossos interesses até às últimas consequências’

15 Dezembro, 2015 - 08:31

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Presidente da Câmara de Paredes de Coura acredita na reabertura do Tribunal. Autarca socialista acusou PSD de ‘incoerência’.

“Defenderemos os nossos interesses até às últimas consequências. Seja em relação ao Tribunal, seja em relação à auto-estrada”. Foi desta forma que o presidente da Câmara de Paredes de Coura respondeu, em Assembleia Municipal, ao grupo parlamentar do PSD que apresentou uma proposta de moção a ser enviada à Assembleia da República. No documento, lido pelo deputado Dinis Pereira, os social-democratas pretendiam solicitar ao Executivo de António Costa “o cumprimento das promessas eleitorais e justos anseios dos courenses que a seguir se enumeram e sempre defendidos pelo PSD courense”. Entre essas promessas, destacou Dinis Pereira, estão a reabertura do Tribunal de Paredes de Coura e a melhoria da ligação à auto-estrada.
Na resposta, o edil courense lamentou a incoerência dos social-democratas. “O PSD tem de se entender. Na Assembleia Municipal defendem o aumento da despesa. Depois, vão para as redes sociais defender, atacar e criticar o PS dizendo que vai aumentar a despesa. Aprovam em Assembleia da República o fecho do Tribunal e depois aparecem outros membros do PSD a defender o Tribunal. Extinguem as freguesias e depois aparecem membros da Assembleia Municipal a defender uma outra reorganização administrativa”, atirou Vítor Paulo Pereira.
Sem palavras brandas, o autarca socialista caraterizou mesmo a situação como “hilariante”. “O PSD fecha o tribunal e agora coloca a fasquia ao PS para abrirmos o Tribunal. Naturalmente que estamos aqui para defender os interesses de Paredes de Coura até as ultimas consequências”, reiterou o presidente da Câmara. “Esta moção do PSD, em vez de criar-nos alguma dificuldade, dá-nos um estímulo ainda maior para tentarmos resolver estes problemas para depois sermos avaliados pelos nossos esforços”.
Vítor Paulo Pereira recordou ainda as palavras deixadas por António Costa em Paredes de Coura no passado mês de Agosto. Aos microfones da rádio Vale do Minho, o atual Primeiro-Ministro defendeu que “independentemente da revisão do mapa judicial, há um princípio fundamental que deve ser estabelecido: em cada concelho devem ser feitos os julgamentos que dizem respeito à vida das pessoas nesses concelhos”. Disse ainda António Costa que “mesmo nos concelhos onde anteriormente não existiam comarcas devem existir julgamentos. Para haver julgamentos precisamos de uma sala que tenha dignidade, segurança e condições. Não conheço nenhum concelho do país que não tenha estas condições”.
Com base nestas palavras, Vítor Paulo Pereira foi taxativo. “O PS defende uma justiça de proximidade, junto das pessoas. Não faz sentido e é completamente irracional deslocar as pessoas de Paredes de Coura para Valença. E quando lá chegamos há um congestionamento processual. Não há uma segunda sala para julgamentos. Para que a justiça além de próxima seja célere, temos de defender uma justiça próxima dos cidadãos.Defender que os julgamentos aconteçam em Paredes de Coura”.
Antes da votação, o deputado do PSD fez ainda questão de salientar que “há uma diferença entre o PSD nacional e o PSD local. E o PSD de Paredes de Coura sempre foi contra o fecho do Tribunal”. Dinis Pereira lamentou ter visto nas palavras do presidente da Câmara “um discurso completamente cego. Para o PSD, em primeiro está sempre Paredes de Coura. Não nos podem acusar desse tipo de postura!”, exclamou.
A proposta do PSD foi chumbada com o voto contra da maioria socialista. Contou com a abstenção do PCP.

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Link para a notícia: https://www.radiovaledominho.com/#!news-26013

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