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Gripe espanhola, febre do vale do Rift, doença de Creutzfeldt-Jakob, doença de Chagas… Estes são alguns exemplos de doenças cujos nomes estão associados a pessoas ou a lugares. Algumas vezes de forma errada, como é o caso da gripe espanhola relativa à pandemia de 1918.
Na realidade, aquela que é conhecida como gripe espanhola não surgiu em Espanha. Conforme conta o jornal El Confidecial, ela foi chamada assim devido ao eco que tiveram os primeiros casos confirmados naquele país que era um dos neutros durante a Grande Guerra. A doença terminou mas o estigma ficou para sempre.
Mas onde surgiu afinal esta pandemia? Um estudo publicado no The Journal of Infectious Diseases aponta os Estados Unidos da América (EUA), mais concretamente o estado do Kansas, como o local onde terá sido confirmado o primeiro caso mundial.
“Ninguém quer viver numa cidade que se identifique com uma doença, basicamente porque pode produzir-se uma estigmatização sobre essa zona geográfica”, considera o periódico.
Com novo exemplo, o El Confidencial refere a peste bubónica que assolou a cidade de S. Francisco, nos (EUA), entre 1900 e 1904. Os primeiros casos surgiram em Chinatown, região urbana com grande população de chineses. “Isso não só provocou racismo e discriminação face aos chineses como também levou a uma política sanitária que deixou muito a desejar”, conta o jornal.
Para evitar esta estigmatização sobre países ou cidadãos produzida devido a nomes de doenças, a Organização Mundial de Saúde criou normas para descrever com precisão cada patologia. E entre essas regras está mesmo a proibição de criar o medo desnecessário. Assim, o ideal é nomear a doença de acordo com sintomas, características e causa [caso se conheça].
Temos então o COVID-19. O que querem dizer estas letras? Geralmente, o idioma usado é o inglês: Corona Virus Disease 2019. Ou seja, a doença causada por um Coronavírus surgida em 2019.
Ato contínuo, as enciclopédias médicas fornecem de imediato as cataterísticas básicas desta enfermidade: “doença respiratória viral causada por um coronavírus, cujos sintomas iniciais incluem febre, tosse e dificuldade respiratória, podendo evoluir para situações de pneumonia, falência dos rins e de outros órgãos e eventual morte”.
Atualmente, o COVID-19 ja provocou mais de 511 mil infetados em todo o mundo e quase 23 mil mortos.
[Fotografia: Pandemia 1918 / DR]
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