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Vinhos: Mais e melhor produção nas vindimas deste ano. Minho contraria tendência

3 Setembro, 2012 - 08:12

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No Minho e no Algarve estimam-se quebras na produção avaliadas em 15 e 30 por cento. A norte, as chuvas e as temperaturas baixas prejudicaram a produção, causando desavinho à floração, enquanto a sul a falta de água e as temperaturas mais baixas do que é comum são os fatores apontados pela CV do Algarve.

A produção de vinho deverá ser este ano superior em qualidade e quantidade à de 2011, apesar de haver regiões onde se preveem quebras, estima o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).

De acordo com as previsões do IVV, as vindimas estão atrasadas duas semanas, tendo em conta o estado de maturação das uvas, mas a produção deverá aumentar entre quatro e cinco por cento em relação à campanha do ano passado.

Além do aumento em termos quantitativos, prevê-se um bom ano em termos de qualidade, graças às condições climatéricas registadas na generalidade do território.

Os maiores aumentos localizam-se na Península de Setúbal (30 por cento), Madeira (24 por cento), Tejo (25 por cento), Lisboa e Trás-os-Montes (20 por cento).

Na região da Península de Setúbal, o presidente da comissão vitivinícola, Henrique Soares, explica à Lusa que o aumento da produção deve-se ao facto de o ano passado “ter sido anormalmente baixo”, com 28 milhões de litros produzidos, contribuindo para um acréscimo mais significativo este ano, com 39 milhões de litros previstos.

Entre os Vinhos de Lisboa, a Comissão Vitivinícola Regional (CVR), através do seu vice-presidente, Carlos João da Fonseca, estima um aumento de 10 por cento na produção, abaixo das previsões do IVV, devido à seca e à falta de água que, contrapostos com a reconversão e plantação de vinha e com a ausência de pragas, explicam o acréscimo de uvas.

Em Trás-os-Montes, também o aumento da área de vinha, com centenas de novos hectares, explicam, segundo o presidente da CVR, Francisco Pavão, o aumento previsto na produção, apesar de esta ser proporcionalmente inferior em 20 por cento, devido a fatores como a seca, o abandono dos campos e fenómenos como o desavinho e a destruição de uvas pelo calor excessivo em julho.

Em contraponto, os Açores é a região vitivinícola do país com maiores quebras. O presidente da CVR, Paulo Machado, adianta que as quebras nos vinhos brancos atingem os 80 por cento e nos tintos entre 60 a 70 por cento e foram causadas por “ventos muito fortes ocorridos em maio e por míldio que atacou as videiras em junho”, fazendo de 2012 o segundo pior ano da última década.

Também no Minho e no Algarve, estimam-se quebras na produção avaliadas em 15 e 30 por cento. A norte, as chuvas e as temperaturas baixas prejudicaram a produção, causando desavinho à floração, enquanto a sul a falta de água e as temperaturas mais baixas do que é comum são os fatores apontados pela CV do Algarve.

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