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Vice-presidente da ANMP diz que depois do congresso “não pode continuar tudo como antes”

2 Outubro, 2012 - 09:31

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O vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) Rui Solheiro afirmou hoje que “não pode continuar tudo como antes”, depois dos acontecimentos no congresso de sábado, que serão analisados na quinta-feira em reunião do conselho diretivo.

O vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) Rui Solheiro afirmou hoje que “não pode continuar tudo como antes”, depois dos acontecimentos no congresso de sábado, que serão analisados na quinta-feira em reunião do conselho diretivo.

“O congresso refletiu uma falta de sintonia dos autarcas do PSD com o sentimento geral dos autarcas portugueses. O resultado das votações demonstra-o e é preciso fazer uma leitura política disso. É verdade que não pode continuar tudo como antes”, disse Rui Solheiro à agência Lusa.

A posição do autarca socialista de Melgaço surge na sequência do congresso da ANMP, que decorreu no sábado, em Santarém, e que ficou marcado por insultos e assobios, num ambiente de tensão entre autarcas de diferentes partidos, além de manifestações de repúdio pela forma como o presidente da mesa, Mário Almeida (PS), geriu os trabalhos.

Para o vice-presidente de ANMP, é necessário realizar uma “reflexão interna” sobre estes acontecimentos, o que será feito na quinta-feira, durante uma reunião do conselho diretivo da associação, agendada para Coimbra, às 15:00.

“O funcionamento interno da ANMP tem mais de 30 anos, feito de consensos, e tem vindo a funcionar. Mas agora sofreu um forte abalo”, admitiu Rui Solheiro.

O congresso extraordinário da ANMP terminou num ambiente de crispação, com a votação das propostas e das conclusões a decorrer sob protesto de parte dos congressistas.

A divisão entre socialistas e sociais-democratas no congresso tornou-se patente no momento em que foram colocadas à votação as moções apresentadas pelos dois partidos sobre a Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso.

O clima piorou na votação das sugestões seguintes, que exigiam, nomeadamente, a revogação da Lei dos Compromissos, a lei que limita o número da cargos dirigentes, a lei que impõe a agregação de freguesias e as alíneas do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) que “ultrapassam as imposições das linhas de crédito”.

O vice-presidente garante que, apesar destes acontecimentos, isso “não equivale à morte da ANMP” e que, “após a reflexão que é necessário fazer”, “há condições para a ANMP continuar a funcionar com os seus órgãos e com o objetivo de defender os interesses das autarquias”.

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