Hoje é dia de festa e o navio, segundo o Município de Viana do Castelo, vai estar iluminado e engalanado a rigor.
Vale lembrar que este navio é o segundo da sua geração. Veio substituir um antigo cargueiro a vapor, da companhia alemã “Deutsche Dampfschiffarts GeselIschaft Hansa”, que havia sido construído em 1914 e que ficara retido num porto nacional logo no princípio da sua existência devido ao conflito mundial.
Dois anos mais tarde, devido à declaração de guerra da Alemanha a Portugal, foi apresado e sofreu substituição de bandeira.
Este primeiro navio, denominado ”Lahneck”, passou então a chamar-se “Gil Eannes” e ficou sob a jurisdição da Marinha de Guerra Portuguesa.
A partir de então, teve diversas funções: transporte de tropas, cruzador, marinha mercante e navio-hospital.
O que conhecemos atualmente, o segundo Gil Eannes, iniciou a sua atividade como hospital em 1955, apoiando durante décadas, a frota bacalhoeira portuguesa que atuava nos bancos da Terra Nova e Gronelândia.
[crédito fotografia: DR]
A sua principal função foi prestar assistência hospitalar aos pescadores e tripulantes da frota bacalhoeira, mas também foi navio capitania, navio correio, navio rebocador, garantindo abastecimento de mantimentos, redes, isco e combustível aos navios da pesca do bacalhau.
Ficou, durantes anos, abandonado no cais do porto de Lisboa, até ser vendido a um sucateiro para abate em 1997.
Após ser resgatado da sucata pela autarquia, chegou a Viana do Castelo a 31 de janeiro em 1998, para receber obras de reabilitação, tendo aberto ao público como navio-museu nesse ano.
[crédito fotografia: DR/Olhar Viana do Castelo]
Desde então, desempenha uma importante missão como espaço cultural e expositivo, sendo o museu mais visitado do concelho de Viana do Castelo.
Veja as fotos [crédito: Fundação Gil Eannes]
Gil Eannes associa-se às celebrações do Dia do Pai
Nesta data especial, pais e filhos têm entrada livre neste museu flutuante.
A Câmara Municipal de Viana do Castelo e a Fundação Gil Eannes vão promover um programa comemorativo conjunto que inclui um conjunto de iniciativas, das 15h30 às 18h30.
Durante esse horário, serão promovidas atividades e ateliers temáticos no Centro de Mar.
[crédito fotografia: DR]
Às 16h30, será encenado o conto “Fagundes e a Terra Nova dos Bacalhaus”, que nos fala da viagem de João Álvares Fagundes até à Terra Nova, onde o mareante vianense e sua tripulação encontraram um “mar cheio de bacalhaus”.
Este teatro de sombras foi dinamizado pela Casa dos Nichos em parceria com o Centro de Mar com o objetivo de falar aos mais novos das expedições de Álvares Fagundes até às províncias marítimas americanas.
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