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Valença

Valença: PSD e PS divergem sobre a actual situação do Tribunal

19 Setembro, 2014 - 07:56

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Concelhia socialista alerta para um possível “grande abalo” na celeridade processual.

Dois partidos. O mesmo tribunal. Visões diferentes. PS e PSD divergem na forma como observam o ambiente que nesta altura se vive no Tribunal de Valença. Esta quinta-feira, o presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça revelou à TSF que, dentro de três anos, um novo sistema informático vai ser lançado na Justiça para substituir o Citius.
Ouvida pela Vale do Minho, a concelhia socialista de Valença mostra-se preocupada. “Em três anos vai ser a barafunda completa. A celeridade processual vai sofrer um grande abalo”, considerou José António Nogueira.
A Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, já pediu desculpa pelos problemas causados. A governante negou no entanto que os mesmos tenham causado o “caos” nos tribunais. Porém, o PS de Valença tem outra opinião. “No mínimo é caricato. Parece que a culpa vai morrer solteira. O Citius não funciona e nem sabemos quando funcionará! Corre-se o perigo de vermos prescrever alguns processos”, alertam os socialistas valencianos.
O PS de Valença diz-se também indignado perante as condições em que trabalham os funcionarios do Tribunal local. “Voltou tudo à velha forma… ao papel, ao fax. É óbvio que todas as diligiências têm sido desmarcadas. Nada neste momento funciona”, lamentou José António Nogueira.
Já o PSD faz uma análise diferente do quadro vivido no Tribunal de Valença. Aos microfones da Vale do Minho, o vereador José Monte admite que existiram alguns problemas no arranque mas desdramatizou. “A Comunicação Social tem procurado explorar este assunto juntamente com advogados e juízes que possam estar contra estas alterações. Julgo que com o tempo as coisas irão regressar à normalidade”, disse.
José Monte lamenta ainda o facto do PS utilizar como argumento a promessa de reverter a situação caso o próximo Governo seja socialista. “Penso que é meramente propaganda política. Claro que, se chegarmos à conclusão que as coisas estão piores, deverá ser feita uma análise”, rematou o vereador social-democrata.

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