Uma autêntica multidão preencheu este sábado a Fortaleza de Valença. Uma feira medieval a top, com a zona gastronómica a esgotar a lotação de lugares sentados.
Recorde-se que aquele amuralhado está a ser palco, desde sexta-feira, de mais uma edição da iniciativa Valença – Na Rota da História. Este ano a homenagear o rei D. Manuel I, que atribuiu em 1512 uma Carta de Foral à cidade.
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Carpinteira: “Vale a pena continuar”
“É uma grande alegria ver tanta gente a aderir a esta iniciativa. Esta é a segunda edição. Iremos certamente continuar. O importante é que as pessoas se envolvam”, disse o Presidente da Câmara, José Manuel Carpinteira, à Rádio Vale do Minho com ar nitidamente satisfeito.
Uma iniciativa que, considera o autarca, tem já um significativo contributo na economia local.
“Tentamos sobretudo chamar as pessoas ao interior da Fortaleza. Tanto locais como visitantes. São muitos os que me dizem que esta é uma boa iniciativa e que vale a pena continuar”, concluiu o autarca.
Arena ao rubro
Seguiu-se um Torneio Medieval. Arena repleta de gente a toda à volta, como contam os relatos que chegam da Idade Média.
De um lado a Casa de Valença. Do outro a Casa de Cerveira. Cada uma com um cavaleiro e vários homens.
Defrontaram-se em várias provas de perícia e de habilidade com várias armas, nomeadamente espada e lanças.
Uma das provas mais espetaculares foi a do anel de fogo, onde cada um dos cavaleiros teria de colocar a lança no centro de um pequeno anel a arder, arrancando-o do lugar onde se encontrava pendurado.
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A Justa
Para o final, ficou a tão esperada Justa. Outrora um duelo mortal, mas que ali seria feita numa demonstração segura.
Os dois cavaleiros partem em pistas diferentes e em sentido contrário. Ao cruzarem-se, tentam derrubar ou ferir o adversário com a arma em punho. Neste caso, uma lança.
Esta competição, segundo os estudiosos, surgiu no ano 1066. Começa a ganhar popularidade no século 12 e foi um dos mais populares jogos até ao início do século 17.
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Mas houve também combates apeados.
Munidos somente de espada, os soldados mostraram perícia e saber na arte de bem manejar aquela arma.
A multidão aplaudia e puxava ora por Valença… ora por Cerveira.
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No final… venceu a Casa de Valença.
A multidão saiu sorridente e bastante satisfeita com o espetáculo.
De acordo com os vários estudiosos, é a D. Manuel I que se devem desenvolvimentos e ampliações da Fortaleza de Valença por forma a fortalecer a eficácia na defesa contra o inimigo.
A animação neste mercado tem sido uma constante com carroceis medievais, passeios a cavalo e de charrete, falcoaria, acampamento do povo com a taberna “O Caldeirão” com comida ao vivo e instrumentos de tortura, jogos medievais, acampamento militar com mostra de armas e salas de armas e o carismático domador de cobras.
As áreas do Mercado Medieval estão localizadas no Largo do Bom Jesus, Rua Major Severino e Rua da Oliveira.
As áreas da restauração, com comes e bebes, estão no Parque de Estacionamento da Coroada, o Acampamento Militar e Liça, onde decorrem os torneios, no Campo de Marte, na Coroada, a falcoaria e os passeios a cavalo e charrete no Baluarte de São João e o acampamento do povo no revelim do Baluarte do Faro / Largo do Governo Militar.
Confira o programa e o que ainda falta para ver e ouvir este domingo:
Esta iniciativa é promovida pelo Município de Valença e pela Associação Empresarial de Viana do Castelo.
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