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Jorge Mendes, deputado pelo PSD na Assembleia da República eleito por Viana do Castelo, mostra-se inconformado com o anúncio feito pelo Governo a confirmar o adiamento de obras ferroviárias prioritárias. Entre as várias, está a eletrificação do troço entre Viana do Castelo e Valença que regista um atraso de dois anos e só deverá estar completa em 2020.
Ouvido pela Rádio Vale do Minho, o parlamentar não poupa nas críticas ao Executivo de António Costa e recuou até à campanha eleitoral para as eleições legislativas do passado dia 6 de outubro. “Os candidatos do PS por Viana do Castelo fizeram na altura uma viagem de comboio para demonstrar que as obras estavam a cumprir o cronograma de trabalho e isso já não era verdade na altura”, recordou Jorge Mendes.
“Esta notícia não me surpreendeu. É mais um revés nas promessas eleitorais do PS!”, lamentou. “Para além da recusa de financiamento à Bienal de Cerveira, temos agora a derrapagem nos prazos para a concretização da eletrificação da Linha do Minho”.
Jorge Mendes: “É mais um revés nas promessas eleitorais do PS!”
A conclusão da empreitada de eletrificação do troço da Linha do Minho entre Viana do Castelo e Valença chegou a estar inicialmente prevista para o final de 2019. “Depois passou para o primeiro trimestre de 2020… e agora, pelos vistos, esta obra só estará concluída no final desse ano. Com um ano de atraso!”, exclamou Jorge Mendes.
“Estamos a falar de um ano de atraso face ao que o PS disse, mas são três anos de atraso face ao que o PSD se tinha comprometido em 2014”, prosseguiu. “Estamos a perder inaceitavelmente três anos devido à má gestão deste processo por parte do PS”, concluiu.
Entre outras suspensões e adiamentos, por exemplo, na linha do norte, a renovação do troço entre Válega e Espinho, só deverá avançar em 2022 ou 2023.
Já eletrificação da linha do Douro entre Marco de Canaveses e a Régua, cuja conclusão estava prevista para o final do ano, está parada. À Renascença, a Infraestruturas de Portugal esclarece que essa obra apenas foi suspensa, devido a dificuldades do consórcio, que obrigam ao lançamento de novo concurso.
[Fotografia: Direitos Reservados]
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