Valença: Historiador diz que elevação da Fortaleza a Património da Humanidade ajudaria a região

Se a Fortaleza de Valença vier a ser Património da Humanidade, isso poderá projectar não só a cidade mas também toda a região. Isto mesmo considerou aos microfones da Vale do Minho o historiador valenciano Major Pereira de Castro. A candidatura está feita. Terá mesmo sido um dos temas abordados numa conversa entre a Câmara e o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, no final do mês passado. “Não só Valença como toda a região envolvente irá beneficiar desse facto. Isso vai chamar a atenção para a cidade e para o Alto Minho”, sublinhou o historiador.
Pereira de Castro acredita que esta elevação vai suceder muito em breve. O especialista apresentou vários argumentos. “Pela sua antiguidade e pela sua dimensão. Tem cerca de cinco quilómetros de perímetro. Apresenta memórias de técnicas militares inovadoras implementadas ao longo dos tempos. Também pela forma como tem sido tratada. São motivos mais do que suficientes para que a candidatura seja aceite”, realçou o Major.
A fortificação de Valença remonta à transição do século XII para o XIII. Destinava-se à defesa da povoação e da travessia de um trecho do rio Minho. Durante a Guerra Peninsular, caiu diante as tropas napoleonicas sob o comando de Soult (1809), que fizeram explodir a Porta do Sol. Foi recuperada em 1830.
É considerada a mais importante fortificação do Alto Minho, objeto de diversas intervenções de conservação e restauro ao longo dos últimos anos.