Nem a chuva miudinha demoveu a enorme multidão que ao final da tarde desta segunda-feira se concentrou no Parque de Nª Srª da Cabeça, em Valença. Ora a Fé… ora a curiosidade prendiam o pé a centenas de pessoas que quiseram assistir ao Lanço da Cruz. Uma tradição que todos os anos ali se repete na segunda-feira após o domingo de Páscoa. Uma tradição que, consideram portugueses e galegos, “já vai além disso… É um símbolo de união! De humanidade! De carinho entre estes dois povos cada vez mais unidos”.
Faltavam ainda poucos minutos para as 17h00. A chuva teimava em cair. O pároco português, devidamente paramentado e com a respetiva cruz, entrou num dos barcos de pesca. Soltaram-se foguetes. E o povo assistia nas margens. Dirigiu-se à margem espanhola e, a meio do caminho, cruzou-se com o pároco galego que vinha em direção à margem portuguesa – o tão esperado encontro das duas cruzes.
Ambos os párocos deram as cruzes a beijar aos respetivos vizinhos. Um compasso pascal internacional sempre acompanhado ao som da música de bandas que acompanharam a cruz. Uma tradição que tanto a Junta da União de Freguesias de Valença, Cristelo-Côvo e Arão como a própria Câmara Municipal de Valença, que se fez representar pelo vereador José Monte, esperam ver elevada a Património Imaterial da UNESCO.
Veja a nossa galeria de fotos do Lanço da Cruz realizado esta segunda-feira, em Valença
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