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Tiros de canhão. Literalmente. É este o som que vai ser ouvido em toda a cidade de Valença no próximo sábado a partir das 14h30. Mas não será caso para alarme, até porque serão de pólvora seca e disparados por duas individualidades: o presidente da Câmara de Valença, Jorge Mendes, e o Alcalde de Tui, Carlos Vázquez Padín.
O momento dará início à recriação histórico-militar da 2ª invasão francesa. Valença voltará ao mês de abril de 1809, quando o exército francês liderado pelo marechal Soult cercou Valença. Durante estes dias de ocupação, ficaram para a história como escaramuças, pressão militar, assaltos à Câmara Municipal e às igrejas, com o roubo de ouro, prata, relíquias e viveres e a defesa inteligente do Governador da Praça de Valença, Custódio César de Faria.
Durante a tarde, haverá animação cultural e histórico-militar do acampamento histórico e zonas envolventes; exercícios histórico-militares de infantaria e artilharia; demonstrações de disparos de mosquetes (com pólvora seca) e de peças de artilharia; colocação de rondas e sentinelas e marchas pela muralha; interação com o público, em contexto didático e pedagógico.
A partir das 17h30, haverá um baile popular oitocentista, na Praça da República. A tarde irá terminar com arrear da Bandeira e Hino Nacional, na Praça da República. “Esta é uma oportunidade para reviver o espírito, os principais momentos da invasão e os oito dias da ocupação de Valença, a pressão militar, a vida da Praça ocupada e a defesa inteligente do governador, Custódio César de Faria”, refere a autarquia valenciana em nota de imprensa.
A iniciativa é organizada pelo Município de Valença e Grupo de Recriação Histórica do Município de Almeida. Integra-se na candidatura da Fortaleza de Valença a património mundial junto da UNESCO.
[Fotografia: Carlos Marques]
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