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Valença: Autor de livro sobre Sansão Vaz renova apelo à autarquia para acolher coleção de rádios

2 Outubro, 2018 - 08:33

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O apelo à Câmara de Valença já se arrasta há vários anos. Esta segunda-feira foi renovado pelo autor do livro Radiofonia – a Paixão de um Valenciano – Sansão Vaz. “Ao […]

O apelo à Câmara de Valença já se arrasta há vários anos. Esta segunda-feira foi renovado pelo autor do livro Radiofonia – a Paixão de um Valenciano – Sansão Vaz. “Ao assumir o patrocínio deste livro, espero que a autarquia tenha dado o passo definitivo para tomar conta desta coleção”, disse Luís Morais à Rádio Vale do Minho. No total, são 483 rádios a válvulas que Sansão Vaz, personalidade hoje recordada com grande saudade pelos valencianos, colecionou durante toda a sua vida. O espólio é pertença dos familiares mas, aponta o autor da obra, “estão dispostos a ir ao encontro do desejo de Sansão Vaz. Ele queria que a coleção ficasse em Valença”. 

Visivelmente empenhado nesta causa, Luís Morais fez questão de estender o apelo “a todos os valencianos”. “A população deve apoiar a Câmara neste desiderato. É uma das maiores coleções do género em todo o país e já há vários municípios interessados em acolher este espólio”, avisou o autor do livro apresentado esta segunda-feira.

Confrontado com esta questão pela Rádio Vale do Minho, o presidente da Câmara de Valença começou por apontar-nos desde logo o número de aparelhos de que estamos a falar. “É um espólio enorme! Não queremos fazer um armazém de rádios. Um espaço para acolher esta obra tem de ser um espaço vivo, em que os rádios teriam de tocar”, sublinhou Jorge Mendes. “É uma coleção tão grande que, por exemplo, poderia ser rotativa entre vários Municípios. Temos é de pensar num espaço em que esses rádios tenham vida. Não só toquem como estejam bem cuidados. Se fosse para ter prateleiras e prateleiras de rádios, já tínhamos há muito tempo”, prosseguiu o autarca.

Em síntese, as ambições da edilidade de Valença passam por “um espaço multimédia, atrativo”. Mas isso, recordou Jorge Mendes, implica “umas centenas de milhar de euros de investimento e como não há candidaturas a fundos europeus para esta matéria, teremos de aguardar”.

 

Uma “homenagem merecida”

 

Sobre a obra em si, trata-se sobretudo de “uma homenagem a uma pessoa que todos admiravam e de quem gostavam”, disse Luís Morais à Rádio Vale do Minho. Com voz nostálgica e natural de Valença, o autor recordou os tempos de criança em que viu o próprio Sansão Vaz a animar as festas locais com música gravada. A vida profissional levou Luís Morais a deixar Valença. Regressou em 2000 e foi nesse ano que, numa exposição, voltou a reencontrar-se com os velhos rádios de Sansão Vaz – ainda vivo nesse ano. O fascínio despertou novamente e começou por fotografar os aparelhos. Mais recentemente, surgiu então a ideia de conceber esta obra. “Neste livro apresento a coleção na totalidade. Conto também um pouco da história de alguns desses rádios”, adiantou.

Um livro que mereceu os aplausos das várias dezenas de pessoas presentes na cerimónia, que teve lugar no Arquivo Municipal de Valença. “É uma homenagem merecida a uma das figuras mais emblemáticas de Valença. Ninguém esquece, sobretudo aqueles que tiveram o prazer de divertir-se nos bailes no Jardim Municipal e pelas coletividades todas do concelho em que Sansão Vaz deu música ao povo”, disse o presidente da Câmara à Rádio Vale do Minho. “Trouxe-nos grandes momentos de felicidade”, acrescentou.

 

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