A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) apresentava a 30 de setembro uma dívida total a fornecedores de 17,1 milhões de euros, valor que quase duplicou em apenas três meses.
Os números constam de um relatório da própria ULSAM, ao qual a Agência Lusa teve acesso, que reconhece, ainda, uma dívida total, a 30 de setembro de 2011, de 1,359 milhões de euros, por regularizar "há mais de 360 dias".
Destes valores, pouco mais de um milhão de euros é referente a meios complementares de diagnóstico e terapêutica. Esta é também a rubrica que mais pesa na divida total da ULSAM, ou seja 9,4 milhões de euros, num total de 17,1 milhões de euros de dividas a fornecedores.
No espaço de três meses, tendo em conta o relatório anterior da administração da ULSAM (Entidade Pública Empresarial), datado de 30 de junho, a dívida a fornecedores quase que duplicou, desde os anteriores 9,3 milhões de euros.
Contactado pela Agência Lusa, fonte do Conselho de Administração da ULSAM garantiu que "a execução orçamental está de acordo com o previsto".
"O aumento da divida relaciona-se diretamente com os prazos de transferência de verbas por parte da ACSS [Administração Central do Sistema de Saúde], o que se verifica com as demais unidades de saúde do pais", acrescentou.
A 30 de setembro, aquela unidade, que congrega a gestão de dois hospitais (Viana do Castelo e Ponte de Lima) e 13 centros de saúde, somava uma dívida de 2,5 milhões de euros em medicamentos, mas cujo atraso não passava os 240 dias.
No total, por regularizar até com um ano de atraso a ULSAM tinha uma dívida de 975 mil euros, mas o maior volume concentrava-se no curto prazo. Ou seja, 8,3 milhões de euros com até 240 dias de atraso, e 6,5 milhões com um atraso no pagamento entre os três e os quatro meses.
No final de 2010 a ULSAM apresentava uma divida total a fornecedores de 22,1 milhões de euros.
Segundo o relatório e contas referente ao ano de 2009, aquela unidade de saúde recebeu cerca de 18 milhões de euros de adiantamento do Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Serviço Nacional de Saúde para reduzir prazos de pagamento. Graças a esse apoio, foi possível "manter um prazo médio de pagamentos de noventa dias".
"Com exceção dos fornecedores com quem temos negociado prazos de pagamento mais alargados e dos contratos de leasing", refere ainda o relatório e contas
FONTE: LUSA
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