PUB
Dois barcos turísticos com capacidade para 20 a 25 passageiros poderão estar a navegar no rio Minho já no próximo Verão. Esta é a previsão (mais otimista) do projeto Rio Minho: Um Destino Navegável, apresentado no Museu do Alvarinho, em Monção. Uma ambição que reúne quatro municípios: Monção, Valença, Salvaterra de Miño e Tui; e três entidades: Porto e Norte de Portugal, Dirección Xeral do Patrimonio Natural da Xunta de Galicia, e Axencia de Turismo de Galicia.
“Digo-vos com a certeza absoluta que, se fizermos as coisas como estamos a fazer aqui, vamos ter muito mais sucesso do que o rio Douro”, garantiu o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins.
Ato contínuo, o responsável desmistificou o próprio rio Douro à frente de todos. “Os números do Douro não são aqueles que a maioria acha que são. Trazem um problema: não houve aquilo que está a ser feito aqui! Não houve estruturação de produto, articulação entre as entidades e não houve a preocupação de fazer com que as pessoas não só atravessem o rio mas que possam ficar no território”. Em números, revelou, dos 4,5 milhões de turistas que chegam anualmente ao Porto e Norte apenas 4% permanecem no Douro contribuindo assim para a sua economia.
Circuito vai ligar os quatro municípios
O plano é relativamente fácil de explicar. São 16 quilómetros de rio que irão tornar-se navegáveis. Um circuito que vai ligar os quatro municípios numa rota que inicialmente será gratuita mas poderá passar mais tarde a ser gerida por empresas privadas.
Inserido no programa INTERREG V–A España – Portugal (POCTEP) 2014-2020, o projeto implica um investimento de 1.1 milhões de euros (75% Feder e 25% comparticipação dos parceiros), resultando na efetivação de um conjunto de medidas e atividades focadas na atratividade e sustentabilidade do rio Minho.
Várias intervenções em cima da mesa. Entre elas, evidentemente, a melhoria da navegabilidade do rio Minho, com passeios turísticos em barco. Mas também estão previstos percursos pedestres pelas margens e pesqueiras, visitas programadas às fortalezas, centros históricos, adegas de vinho Alvarinho, e equipamentos culturais.
Está também prevista a criação de pequenos cais flutuantes nos municípios e centro de interpretação ambiental na ilha de Fillaboa, em Salvaterra. Previsto ainda a realização de ateliês e conferências relacionadas com o rio.
Trabalho feito por Arturo Grandal lembrado e enaltecido
“Temos todos de dar as mãos e com isso continuar a apostar neste potencial que é o rio Minho. Muitas vezes estivemos de costas voltadas para ele, mas a pouco e pouco estamos a perceber o potencial que ele tem para as nossas regiões”, disse José Monte, vereador e representante do Município de Valença nesta cerimónia.
Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Monção, António Barbosa, considera que este projeto garante o reforço de relacionamento entre os parceiros, já bastante positivo, e permite alargar a oferta turística, cultural e patrimonial dos quatro municípios banhados pelo rio Minho.
Barbosa destacou ainda o trabalho de Arturo Grandal, antigo autarca de Salvaterra presente na cerimónia, no desenvolvimento do projeto. “As vantagens do projeto são grandes quer numa perspetiva de valorização ambiental do rio Minho quer no que respeita à mediatização do território e rentabilização económica dos agentes turísticos, hotelaria e restauração”, adiantou.
Esperançados em ver o projeto no terreno no próximo verão, os parceiros acreditam que irá ajudar a cimentar o conceito Visit Rio Minho através do reforço do posicionamento da região no mercado nacional e internacional, assegurando, com isso, uma vantagem competitiva em relação a outros destinos.
[Fotografia: Tony Martins / Rotas Turísticas]
PUB
Comentários: 0
0
0